Os trabalhadores da empresa de transporte coletivo de passageiros Berrelhas, concessionária do MUV, manifestaram-se esta manhã na Central de Camionagem de Viseu, pelo pagamento dos salários em atraso. Caso a situação se repita, trabalhadores podem avançar com greve.
O que motivou o plenário foi o “atraso do pagamento pontual da retribuição”, explicou ao Interior do Avesso o dirigente sindical Helder Borges, do STRUP (Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal).
A empresa Berrelhas terá apresentado com justificação para os atrasos dívidas por parte das câmaras municipais, no entanto, ainda durante o plenário, os trabalhadores foram informados que os salários seriam processados ainda hoje.
“A empresa Berrelhas alega que as Câmaras Municipais têm dívidas com a empresa, as câmaras municipais dizem que têm tudo em dia, portanto alguém está a mentir. Agora já tivemos a informação que a empresa vai hoje fazer as transferências aos trabalhadores, portanto depois do Plenário há dinheiro”, salientou Hélder Borges.
No plenário foram aprovadas, por unanimidade, três resoluções a entregar no final do mesmo à Câmara Municipal de Viseu, à empresa Berrelhas e à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). Ficou ainda decidido que “caso nos próximos meses se repita a situação os sindicatos estão mandatados para avançar com outras formas de luta, incluindo a greve” e novos plenários logo no início de cada mês.
O sindicalista alertou ainda para que “há por parte das entidades patronais a pretensão da caducidade das contratações coletivas de trabalho, isto é muito mau para os trabalhadores dos transportes”. Nesse sentido, o sindicato continuará a debater-se pela defesa da contratação coletiva, dos direitos dos trabalhadores e dos aumentos salariais.
Motoristas do sistema de Mobilidade Urbana de Viseu ainda não receberam salário de janeiro