O limite da Mobilidade no Interior é a criatividade e a capacidade dos municípios trabalharem em rede

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Segundo a Ministra da Coesão Territorial, em resposta a questões do deputado do Bloco de Esquerda José Maria Cardoso, o que limita a mobilidade no interior não é a falta de fundos, mas a criatividade e a vontade dos municípios trabalharem em rede.

Para Ana Abrunhosa, “na questão da mobilidade temos um caminho muito grande a fazer, mas ele está em grande medida também dependente da iniciativa dos próprios territórios”.

Para a Ministra o problema da mobilidade “não são os fundos, o limite é a criatividade e muitas das vezes o limite é a vontade dos municípios trabalharem uns com os outros em rede”, até porque no seu entender “a gestão do problema exige escala até para termos operadores privados e interessados”. Nesse sentido, “os apoios são para as Comunidades Intermunicipais”, ficando o ónus da questão do lados dos municípios. que se “se entenderem no contexto intermunicipal não é por falta de apoio nem do orçamento de estado nem dos Fundos europeus que eles não terão soluções de mobilidade adaptadas aos seus territórios”.

No entendimento de Ana Abrunhosa até existem projetos e perspetivas inovadoras para a mobilidade no interior, como “levar os serviços públicos aos cidadãos”, “serviços públicos de proximidade com viaturas móveis”, o que até já foi feito nalguns casos sem fundos comunitários. Já com fundos comunitários dá o exemplo do “transporte flexível” e do “transporte a pedido”, salientando que “as CIM [Comunidades Intermunicipais] são autoridade de transporte e portanto podem ter a gestão destes projetos e projetos que são adequados às necessidades das populações.”

As declarações foram feitas em resposta a questões colocadas por José Maria Cardoso, deputado na Assembleia da República pelo Bloco de Esquerda, na última audição da Comissão de Administração Pública, Modernização Administrativa, Descentralização e Poder Local, sobre mobilidade no interior, onde “temos visto poucas intervenções, pouca melhoria”, havendo concelhos do interior “que não têm neste momento transportes coletivos”.

 

Ver também:

Regionalização, Organização Territorial e Mobilidade discutidas em audição à Ministra da Coesão Territorial

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