Para fazer l que nun se fizo

Bloco de Esquerda de Bragança apresenta programa eleitoral para as Legislativas em Mirandês
Foto por: Elisa.rolle Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.pt Link original: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:%22Museu_da_Terra_de_Miranda%22_(museum_of_the_lands_of_Miranda).jpg

A candidatura do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Bragança, encabeçada por Vítor Pimenta, apresentou o seu programa eleitoral em Português e em Mirandês. 

O Interior do Avesso partilha parte dessa tradução:

La grandura de ua region stende-se a la sue gente i speilha-se ne l respeito cun que eilha ye tratada i balorizada. L balor de un cidadano nun se puode medir, naise ye solo un númaro an relatoiros que nun quieren saber de la rialidade; niun cidadano bal manos que outro, mormente por bibir nas regiones de la borda. Somos i bibimos nesta region. Tenemos la cuncéncia de las deficuldades que eiqui se sínten i tenemos q’ancarar. Por bias disso, ye junto de la gente de l çtrito que buscamos i ancuntramos apoio para poner de pies un plano que permita çtrocar eideias, fazer algo para çfender la region, la sue gente, ls sous dreitos i culidade de bida, buscando seluçones que sírban, seluçones houmanas nun çtrito justo. L Bloco fui l partido que mais le procurou al gobierno subre ls porblemas de la region: salude, eiducaçon, ambiente, mobelidade i cultura. Ls deputados de l Bloco aperpónen-se a fazer l que nunca se fizo.

A valorização do Mirandês é uma prioridade para o Bloco de Esquerda na região, no sentido da conservação de uma língua que se encontra ameaçada – um estudo indica que até 2050, aquela que passou a ser a segunda língua oficial do país pode ficar extinta. No programa eleitoral distrital pode ler-se: “É fulcral potenciar os bens culturais e naturais enquanto recursos que promovam a empregabilidade. No caso do concelho de Miranda, a Língua Mirandesa é basilar para o desenvolvimento da atividade cultural. A criação de uma unidade orgânica, apesar de orçamentada, está ainda por executar, tal como a ratificação da Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias. Instrumento que, a par do Instituto, compromete o Estado português com a defesa da Lhéngua”.

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