No dia 28, Dia do Orgulho LGBTI+, a Plataforma Já Marchavas irá facilitar um debate para construção comum do manifesto daquela que será a III Marcha de Viseu Pelos Direitos LGBTI+. No mesmo dia também será anunciada a data da marcha.
O encontro Oficina de Construção do Manifesto – Será que vai ficar tudo bem? inicia-se às 17h em formato presencial, no auditório da Freguesia de Viseu, e online, através do Jitsi. A organização informa que serão cumpridas as normas da DGS, como o distanciamento físico, a utilização de máscara e desinfetante à entrada do local.
Texto de convocatória da Plataforma Já Marchavas:
Oficina de Construção do Manifesto – Será que vai ficar tudo bem?
2020 está a ser um ano desafiante, alterando a realidade e desafiando movimentos e ativistas a repensar formas de dar visibilidade e lutar pelas mais diversas causas. A pandemia da COVID-19 obrigou-nos a reinventar os conceitos de proximidade em distanciamento físico e de manifestação em confinamento.
As muitas Marchas LGBTI+ que têm todos os anos surgido em Portugal reencontraram outras formas de expressar as reivindicações pelos direitos das pessoas LGBTI+, que muitas vezes não foram tidas em conta nesta nova realidade, acabando por ser das mais afetadas pelas repostas encontradas para mitigação da pandemia.
Curiosamente, o símbolo difundido internacionalmente como forma de esperança para um amanhã mais sorridente foi o arco-íris, foram as cores da luta LGBTI+, acompanhado da ideia de que “vai ficar tudo bem”. Será que vai mesmo ficar tudo bem para quem já era alvo de fobias e discriminação, consolidadas pela pandemia? Será que vai ficar tudo bem para quem viu o seu direito social à liberdade na identidade de género, orientação sexual e orientação romântica confiado com a quarentena?
Esta é a reflexão que a Plataforma Já Marchavas propõe como caminho para a construção do Manifesto da III Marcha de Viseu Pelos Direitos LGBTI+, que, a ocorrer em outubro, poderá ainda ser uma realidade enquanto manifestação na rua.
Desafiamos todas as pessoas e todos os coletivos que pautam pela defesa dos Direitos LGBTI+ que se unam nesta reflexão, debate e processo de construção. Este ano, mais do que nunca, mesmo distantes fisicamente, devemos estreitar proximidade nas lutas e reivindicações, se queremos que realmente amanhã tudo fique bem e colorido com as cores do arco-íris!