Bloco saiu à rua em protesto contra o elevado preço da Águas do Planalto

GNR proibiu as estruturas locais do Bloco de queimar simbolicamente as faturas, argumentando que a queima de resíduos constitui uma contraordenação ambiental grave, mas acabaram por se rasgar, em vez de queimar. Ações aconteceram em Santa Comba Dão e Carregal do Sal. 

GNR proibiu as estruturas locais do Bloco de queimar simbolicamente as faturas, argumentando que a queima de resíduos constitui uma contraordenação ambiental grave, mas acabaram por se rasgar, em vez de queimar. Ações aconteceram em Santa Comba Dão e Carregal do Sal. 

As estruturas locais do Bloco de Esquerda de Santa Comba Dão e Carregal do Sal realizaram este domingo ações de protesto contra o elevado preço da água. A iniciativa, que consistia na queima simbólica de faturas da água, acabou por ser alterada devido à GNR ter proibido a queima destas faturas argumentando que queimar resíduos a céu aberto constitui uma contraordenação ambiental grave. 

As estruturas locais decidiram rasgar as faturas em vez de queimar mantendo-se os locais e datas agendadas previamente, nomeadamente em Santa Comba Dão, de manhã, e em Carregal do Sal, à tarde. 

No manifesto lido por Paulo Rodrigues em Santa Comba Dão e por Raluca Ionica em Carregal do Sal foi feito um breve resumo da história da concessão da Águas do Planalto e depois passou-se a enumerar os principais motivos pelos quais as ações de protesto aconteceram, entre eles: 

  • Queremos que esta reivindicação justa não caia no esquecimento e que mantenha a sua centralidade nas exigências que fazemos ao poder local e nacional;
  • Queremos um processo transparente entre as autarquias e a empresa. Os diversos anúncios de redução de preço e de negociação do contrato de concessão ficaram diluídos em intervenções públicas sem qualquer seguimento;
  • Um bem essencial, como a água, tem de estar ao serviço do povo e não de interesses privados;
  • Queremos a aplicação imediata da Tarifa Social Automática da Água;
  • A reversão da concessão não é descabida, existem casos semelhantes como o de Mafra, que já foi concluído, ou o de Braga, onde se já mostrou a intenção de trazer de volta este serviço à esfera pública. Basta vontade das autarquias e do Governo;
  • O aditamento ilegal de 2007, que não teve o visto do Tribunal de Contas nem da ERSAR, nem passou pelas Câmaras e Assembleias Municipais, prolongou a concessão até 2028, quando deveria terminar em 2013. Existe uma possibilidade de prolongamento por mais de 10 anos, mas consideramos este caminho como prejudicial para as populações. É uma questão de justiça e honestidade que esta concessão não se prolongue por mais tempo;
  • O que terá a dizer deste aditamento injusto o novo proprietário do Grupo Aquapor, Patrick Blethon, CEO do Grupo Saur?

O Bloco de Esquerda tem agendadas mais duas iniciativas semelhantes, uma no dia 16 de dezembro em Mortágua e outra no dia 7 de janeiro em Tondela, junto à sede da empresa, em Mosteiro de Fráguas. 

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