O preço das portagens nas autoestradas deverá aumentar 1,84% em 2022. A Plataforma P’la Reposição das SCUTS A23 e A25, segundo notícia da Rádio Cova da Beira (RCB), considera inaceitável a decisão do governo em avançar com o aumento do valor das portagens.
Para o coletivo, este aumento “é mais um grave atentado ao interior do país, empresas, trabalhadores e população em geral”.
De acordo com comunicado da plataforma, citado pela RCB, “se o governo quisesse, e não quis, podia evitar o aumento das portagens no Interior. O que regulamenta o aumento do valor das portagens é um decreto-lei, de exclusiva responsabilidade e vontade do governo e que podia ser alterado, definindo que em 2022 não haveria aumento nas ex scuts do interior. Para isso bastava ter vontade política. Mas o governo não quis, porque não quer mexer nos interesses ilegítimos e imorais das concessionárias”.
No comunicado, os responsáveis do movimento acrescentam que “não aumentar o valor das portagens no interior era de toda a justiça”, lembrando que “o governo sabe que violou a lei e praticou um embuste quando, em 1 de Julho de 2021, em vez de reduzir o valor em 50%, como determina o OE aprovado pela Assembleia da República, apenas reduziu 30%”.
O “aumento no valor das portagens na A23, A24 e A25 vem mostrar que o ‘amor’ do primeiro-ministro António Costa pelo interior do país e um ‘amor de verão’. Passa depressa”, acusa a plataforma, que vai continuar a lutar pela reposição dos 20 por cento de desconto em falta, o desconto de 75% para os veículos híbridos e eléctricos, a publicação de uma nova portaria que determine a isenção para os residentes, a redução de mais 50% sobre o valor em vigor em 31 de Dezembro de 2021, a partir de 1 de Janeiro de 2022 e ainda a abolição das portagens com a aprovação e entrada em vigor do OE para 2023.
Frisam ainda que estas são exigências que querem ver “discutidas e assumidas na campanha eleitoral”. Para tal, pretendem realizar dois debates públicos com os cabeças de lista dos partidos que sempre reuniram com a Plataforma e que concorrem aos círculos eleitorais de Castelo Branco e da Guarda, esperando que “os partidos assumam com clareza o que pensam, o que vão fazer e como e quando o vão fazer para que a urgente reposição das scuts no interior se concretize”.