Proteção Civil: “é necessário reforçar os meios e ter remunerações justas”

A candidatura do Bloco de Esquerda pelo distrito de Castelo Branco reuniu com o comandante dos Bombeiros Voluntários de Cernache do Bonjardim para ouvir as preocupações da corporação.

Sexta-feira, 21 de janeiro de 2022, a candidatura do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Castelo Branco reunir com Paulo Mariano, comandante dos Bombeiros Voluntários de Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã, para ouvir as preocupações da corporação e apresentar as propostas do Bloco nesta área.

A corporação de Cernache do Bonjardim conta com 74 operacionais no quadro ativo, dos quais 27 prestam serviço 24 sob 24 horas. Neste momento detém uma Equipa de Intervenção Permanente e a partir de março irá ter disponível mais uma.

Segundo informou o comandante, explica o Bloco em nota de imprensa, “o território abrangido pela corporação é considerado uma zona multi-risco, já que para além da grande mancha florestal, que representa um risco elevado, também tem 50 quilómetros de zona pluvial devido às albufeiras de Castelo Bode e da Bouça. A isto ainda se soma o trabalho de reforço que presta à área da Sertã, nomeadamente em auxílio ao IC8.”

Uma das principais dificuldades desta corporação prende-se com a aquisição de veículos de combate aos incêndios florestais, já que os valores andam à volta de 170 mil euros. “Para obter estes equipamentos têm de recorrer a fundos comunitários e nem sempre abrem concursos, agravando que o Programa de Recuperação e Resiliência não prevê nenhum apoio neste sentido.”

Paulo Mariano criticou ainda o estado da Estrada Nacional 238, cuja requalificação há muito é exigida pelo Bloco de Esquerda, já que precisa de obras urgentes e estruturais.

Para o Bloco, adiantam na nota, “os incêndios rurais são a face mais visível das alterações climáticas em Portugal. Os problemas de despovoamento, desertificação e aumento de área de monocultura mantêm-se, sendo agravados pela crise climática.”

O partido considera assim “urgente a conclusão do Cadastro da Propriedade Rústica, a redução da área de monocultura no âmbito de um plano reflorestação nacional, capacitar os pequenos proprietários florestais, reforçar os meios humanos e tecnológicos das estruturas de prevenção e combate aos incêndios rurais, tal como criar remunerações justas para os profissionais desta área.”

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