No Dia Europeu da Vida Independente, realizou-se uma marcha em que se celebrou “o orgulho em pertencer à comunidade das pessoas com deficiência como expressão da diversidade humana”.
Mas a iniciativa foi também de reivindicação e de luta. Os manifestantes, que ocuparam as ruas de Lisboa, Vila Real e Guimarães, exigiram o cumprimento dos princípios inscritos na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada, por Portugal, em 2009, mas ainda por cumprir.
Na capital, Eduardo Jorge, do Centro de Vida Independente, explicou à Sic alguns dos motivos que estão na origem da marcha: “Queremos que a vida independente seja para toda a gente, que as pessoas com deficiência possam viver nas suas casas, no seu meio, com quem desejam, e serem autónomas, não serem institucionalizadas compulsivamente”.
Os manifestantes também alertaram que, com o fim do projeto piloto de assistência pessoal, é preciso avançar com a legislação prometida.
Jorge Falcato, também do Centro de Vida Independente, falou sobre os princípios que devem nortear o quadro legal: “Que seja uma política pública universal e gratuita, que as pessoas tenham o número de horas suficientes para se tornarem autónomas e que hajam pagamentos diretos. Isto quer dizer que a pessoa recebe o dinheiro para pagar a sua assistência pessoal”.
Em Vila Real, foram dezenas de manifestantes que marcharam pelas ruas. A concentração foi junto à estação, percorreu a avenida 1º de maio e culminou na Avenida Carvalho Araújo onde houve espaço para testemunhos e apelos.
Uma delegação do Bloco de Esquerda esteve presente em solidariedade com o movimento.