Depois de abrir a circulação na fronteira de Chaves, já se nota mais movimento no comércio, tanto do lado português, como do lado espanhol.
A ligação dos dois lados esteve interrompida praticamente três meses, fazendo com que a economia transfronteiriça se ressentisse. Com a reabertura nos últimos dias, nota-se o movimento, por exemplo, de portugueses no posto de combustível de Feces de Abajo, em busca de preços mais baixos, e de maior afluência de clientes no armazéns de têxteis lar em Chaves, sempre muito procurados por espanhóis.
Em declarações à SIC, vários portugueses a caminho de Verin, em Espanha, apresentam como motivo para atravessarem a fronteira “o combustível muito mais barato”, as compras e até a pesca. Uma funcionária do posto de combustível de Feces de Abajo estima que “se calhar 90% dos nossos clientes são portugueses, isto estava muito parado”.
Do lado português, em Chaves, também se nota que a fronteira reabriu, com vários testemunhos de espanhóis que, “antes de mais”, vêm comer “bacalhau, porque não há bacalhau como o português”, mas também comprar azeite e produtos têxteis. Embora para os armazéns de têxteis a afluência não tenha sido “assim tão forte como aquilo que estava à espera”.
O encerramento da fronteira e o confinamento devido à covid-19 quebraram as vendas no comércio local, agora é tempo de recuperar, mas Vitor Pimentel da Associação Comercial de Chaves recomenda prudência, “eu também defenderia uma abertura de fronteiras, sem dúvida, porque é extremamente importante, mas também algum controle em quem entra e em quem nos visita. Não só para segurança de quem cá está, mas também para quem vem sinta segurança no território.”
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