Para os candidatos do Bloco, este investimento, “não tem absolutamente nada” de inovador, sendo “turismo de nicho e elitista, sem qualquer retorno para o comércio local” e o investimento de 60 milhões “não diz nada” à população, estando a ser vendido no mercado dos vistos gold.
Em nota enviada à Comunicação Social, o partido diz que a proposta agora apresentada pelo município da Régua, trata-se de “um modelo de negócio que, tal como os barcos-hotel e outras unidades hoteleiras de luxo, limita a circulação do dinheiro à estrutura do mesmo”.
Segundo a publicação do município da Régua, o empreendimento “contemplará 38 residências, 1 hotel, com 60 quartos, 1 restaurante e 1 fluvina, numa área total correspondente a cerca de 25 mil metros quadrados”.
Para a distrital de Vila Real do Bloco de Esquerda, “a criação de emprego será ainda maior se o espaço for dotado de outro tipo de equipamentos, os que privilegiam um turismo mais democrático e alargado, como um parque de campismo, de auto-caravanas, um centro de desportos náuticos e uma praia fluvial”.
Na nota recebida na redação, acusam ainda o município e o investidor de terem dado um passo maior que a perna visto “que este projecto ainda nem sequer foi apresentado” à Infraestruturas de Portugal, à Direção-Regional de Cultura do Norte, à Agência Portuguesa do Ambiente e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, “muito menos aprovado, mas que por sua vez está já a ser retalhado e vendido para milionários dos vistos gold” num website.
Acrescentam ainda que o Plano de Pormenor “ainda nem sequer foi a votação na Assembleia Municipal e este projecto foi apresentado em cima do joelho, no dia 28 de julho, depois da denúncia do Bloco de Esquerda, dois dias antes”
“Não fosse a denúncia do Bloco de Esquerda, este projecto estaria ainda a ser escondido dos reguenses até chegar a um ponto de não retorno. Estamos por isso cá para defender os interesses da cidade e dos munícipes, e lutaremos para que a margem do rio neste espaço seja considerada utilidade pública e que o apeadeiro de Bagaúste seja reaberto para aqui nascer um espaço com fins turísticos, mas também recreativos e desportivos, aberto a todos os munícipes, gentes da região”, rematam.