Trabalhadores da fábrica da Peugeot/Citroen de Mangualde decidem manter greves aos sábados

O presidente da Comissão de Trabalhadores da PSA Mangualde, Jorge Abreu (D), distribuí à entrada da PSA Peugeot Citroen, um comunicado onde denúncia a situação insustentável atual da empresa, em Mangualde, 25 de fevereiro de 2016. Os trabalhadores da PSA rejeitam em plenário proposta da empresa e reivindicam aumentos salariais e redução dos ritmos de trabalho e ameaçam avançar para medidas mais drásticas que levarão à paralisação da empresa. NUNO ANDRÉ FERREIRA/LUSA.
Foto retirada de Esquerda.net
Até ao final do ano, os trabalhadores da PSA de Mangualde, Centro de Produção da Peugeot/Citroen, vão fazer greve aos sábados. Dada a “intransigência” da administração da empresa, a Comissão Sindical e a Comissão de Trabalhadores reiteraram na passada quinta-feira a necessidade deste protesto.

A greve iniciou-se a 13 de julho. Os trabalhadores da fábrica de Mangualde da PSA Peugeot/Citroen apresentaram um pré-aviso de greve à bolsa de horas e ao trabalho extraordinário, fazendo greve todos os sábados até ao fim de 2019. Reivindicam “o fim da bolsa de horas, a manutenção dos dois dias de descanso consecutivo, a não realização de mais de oito horas diárias de trabalho, o fim da perseguição, chantagem, pressão e repressão sobre os trabalhadores”.

Esta quinta-feira, em comunicado, a Comissão Sindical e a Comissão de Trabalhadores anunciaram que iriam manter este protesto dada “a intransigência da administração, que se recusa a reunir com estas estruturas representativas dos trabalhadores para discutir o caderno reivindicativo apresentado em janeiro de 2019”.

Os trabalhadores acusam a administração de “arrogância social” e de “falta de respeito para com os direitos dos trabalhadores”. Sentem, por isso, que foram forçados à marcação desta greve.

Para além das questões relacionadas ao horário de trabalho, os representantes dos trabalhadores colocam outras como o facto de haver “ritmos desumanos de trabalho”, “condições de higiene e segurança deploráveis” e “o congelamento dos salários há seis anos”. E alegam que tudo isto “provoca a deterioração das condições sociais dos trabalhadores, tem consequências nefastas na qualidade da produção” e “pode afetar a imagem da marca”.

Quando a greve foi marcada inicialmente, em meados de julho, a administração tratou de ameaçar com o encerramento da fábrica declarando que “a aplicação dos objetivos contidos no pré-aviso de greve, colocaria em risco a viabilidade do centro, já que nenhuma fábrica automóvel pode sobreviver sem a flexibilidade para se adaptar ao mercado e produzir os carros que são pedidos pelos clientes”.

Artigo publicado em Esquerda.net

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