A Fiequimetal convocou uma greve dos trabalhadores das empresas prestadoras de serviços à EDP para esta terça e quarta-feira. Umas das principais reivindicações são aumentos salariais, exigindo-se um pelo menos mais 150 euros este ano.
Para além disso, exige-se “que, para tarefas iguais, sejam garantidos salários e direitos iguais, aplicando a todos os trabalhadores o Acordo Colectivo de Trabalho da EDP”, segundo esta federação sindical.
A estas reivindicações, houve uma “resposta nula por parte das entidades patronais e da própria EDP” e é por isso que estes trabalhadores regressam à luta.
Esta ação reivindicativa abrangerá os trabalhadores das lojas da EDP de todo o país e os vários call centers como os de Lisboa, Elvas e Seia.
O coordenador desta federação sindical, Rogério Silva, afirmou à Lusa que há uma “necessidade urgente de valorizar os salários” e que “as funções dos trabalhadores deste setor são imperativas”.
Esta estrutura anuncia também uma ação de protesto relativamente à “atitude da EDP e das empresas prestadoras” que vai decorrer na quarta-feira, em Seia, em frente ao call center.
“Também somos EDP”
Os trabalhadores das empresas que prestam serviços à EDP têm vindo a desenvolver um processo de luta prolongado pretendendo equiparação de salários e direitos aos que trabalham com vínculo direto com o Grupo EDP. O seu objetivo é igualmente deixarem de ser precários, alguns “há mais de vinte anos” e serem integrados nos quadros das empresas para as quais “efetivamente trabalham”.
Daí que, o ano passado, tenham lançado uma campanha nacional sob o lema “Também somos EDP!” que contou com várias ações por todo o país e com um em apoio das suas reivindicações. Alega-se que se “as tarefas e responsabilidades são iguais” “devem ser iguais os salários e os direitos” e questionava-se a “pressão sobre os postos de trabalho para efetuar vendas por objetivos, tempos de atendimento, etc.”
Notícia de Esquerda.net