A Moção “Pela Urgente Requalificação e Duplicação do IP3” foi apresentada, na sessão da Assembleia Municipal de Viseu de 20 de dezembro, pela deputada municipal eleita pelo Bloco de Esquerda, Carolina Gomes. O documento foi aprovado por unanimidade, numa sessão onde se registou a ausência da representante do Chega.
Com a aprovação da moção, a Assembleia Municipal deliberou exigir ao governo o carácter de urgência das obras de requalificação e duplicação do IP3, “tendo em conta o elevado grau de sinistralidade da via, fundamental para a região, sem que existam alternativas viáveis”, bem como “manifestar ao governo a exigência da salvaguarda da existência de bermas de segurança que permitam a circulação de veículos de emergência nos locais com apenas uma via”.
As obras de requalificação e duplicação do IP3, inaugurado em 1991, pelo então primeiro-ministro Cavaco Silva, começaram quase 30 anos depois, decorrendo neste momento, segundo as últimas notícias, com um atraso de dois anos.
“Durante todo este tempo, muitas pessoas, nomeadamente quem vive, trabalha, estuda ou quer visitar o concelho de Viseu, têm sido confrontadas com a perigosidade da ligação a Coimbra e ao sul do país. Importa ressalvar que esta via é absolutamente essencial para a mobilidade na região de Viseu, não existindo qualquer alternativa viável”, sublinha o texto da moção.
A via apresenta elevada sinistralidade e taxa de mortalidade, tendo mesmo já sido apelidada de “estrada da morte”.
Alguns dos problemas que aumentam a perigosidade do IP3, enumerados na moção, são: “o grande estado de degradação, o perfil maioritariamente de 2+1 faixas, a inexistência de bermas de segurança em vários pontos que permitam, por exemplo, a circulação de viaturas de emergência mesmo em situação de interrupção da via”.
“O atual governo apresentou o compromisso de requalificar o IP3 com um projecto que passa pela duplicação desta via em 85% do seu percurso entre Viseu e Coimbra, ou seja, em perfil de auto-estrada, sem portagens, ficando com três vias (2+1) em 12% do trajecto e apenas duas vias (1+1) em 3% do percurso. A conclusão inicialmente prevista para as obras era 2024. De acordo com os últimos dados, a nova previsão para a conclusão da requalificação e duplicação do IP3 é 2026”, frisa o documento apresentado pelo Bloco.