O Movimento pela Autonomia da Escola Superior de Gestão de Idanha-à-Nova volta a apelar à defesa e à luta da instituição depois da reestruturação do IPCB ter sido aprovada em julho, o que implica a perda da sede da ESGIN em Idanha.
Em comunicado, o Movimento pela Autonomia da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN) afirma que “o cenário aprovado em 8 de julho de 2020 pelo Conselho Geral do IPCB, no âmbito da mencionada reestruturação, é desequilibrado e injusto, na medida em que implica a perda da sede da ESGIN em Idanha-a-Nova, bem como a sua autonomia administrativa, pedagógica e científica”.
O movimento clarifica que não está contra a reestruturação organizacional do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), mas não aceitam que Idanha-a-Nova “deixe ter uma Escola Superior com autonomia administrativa, pedagógica e científica e sede em Idanha”.
Para o movimento, “a ESGIN resulta claramente da visão e da vontade política que defende o desenvolvimento harmónico e sustentável do interior e a descentralização do ensino superior, prevalecendo o interesse público regional e não os interesses político-partidários centrais e locais”.
Alguns dos argumentos dados pelo movimento para a manutenção da ESGIN são os seguintes: tem um crescimento de 20% de alunos do Concurso Nacional de Ingresso e conta com o maior número de inscrições de alunos internacionais do IPCB e o atual governo promove a descentralização com o objetivo de tornar os territórios de baixa densidade mais coesos, portanto não se justifica esta decisão, entre outros argumentos.
O movimento recorda que foi apresentada à Assembleia da República a petição pública “Pela autonomia e sede – A ESGIN sempre nossa” que será discutida brevemente em Plenário.
O Bloco de Esquerda tem acompanhado a situação, nomeadamente com uma visita à ESGIN e com uma pergunta ao governo e considera “importante a descentralização dos serviços públicos nos territórios de baixa densidade, nomeadamente o Ensino Superior. Temos conhecimento da importância que a ESGIN tem no concelho de Idanha-a-Nova e arredores, trazendo dinamismo e vitalidade ao território, através da comunidade estudantil”.
O Movimento pela Autonomia da Escola Superior é um movimento cívico, apartidário e independente, constituído por 9 cidadãos idanhenses.
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