Das 68 praias do país consideradas Zero Poluição, nenhuma é no interior. “Este facto é um indicador do muito que ainda há a fazer para garantir uma boa qualidade da água dos rios e ribeiras em Portugal, o que requer esforços adicionais ao nível do saneamento urbano e das empresas”, refere a associação ZERO.
A associação ZERO, tal como nos últimos anos, distinguiu algumas praias portuguesas com o desígnio Zero Poluição. Este ano, as praias avaliadas representam 11% do total das 621 zonas balneares em funcionamento. No total, há mais 24 praias relativamente às 44 do ano passado.
É o primeiro ano, desde o início da classificação em 2016, que não existe nenhuma praia no interior do país com este desígnio. À Lusa, a ZERO afirma que “este facto é um indicador do muito que ainda há a fazer para garantir uma boa qualidade da água dos rios e ribeiras em Portugal, o que requer esforços adicionais ao nível do saneamento urbano e das empresas.”
Um dos critérios para dar o estatuto Zero Poluição é que não tenha sido “detetada qualquer contaminação microbiológica nas análises efetuadas às águas balneares ao longo das três últimas épocas balneares”, de acordo com a legislação em vigor.
A ZERO enviou os dados recolhidos nesta análise à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), responsável pela coordenação destas matérias, designadamente pela classificação das águas balneares.