Contra o fascismo marchar, marchar!

Cravo vermelho - mulher
Cravo vermelho – mulher

Política e jovens, na mesma frase, dá que falar e que pensar.

A nossa sociedade, chegou ao ponto em que os jovens se comportam como líderes, como gente madura e altruísta, conhecedora de assuntos que os adultos nos tentam omitir, ativistas pelos direitos que nos foram prometidos e que nos são tirados usando lengalengas como anestesia para que não sintamos a dor da opressão e julgamento, ativistas por uma vida melhor e harmoniosa entre todas as gentes e os nossos líderes se comportam como crianças, com leves “amnésias” de direitos básicos, de informações básicas que não transformam em conhecimento submetendo-se assim á ignorância. E, assim, vamos vivendo, um dia de cada vez na incerteza do saber se os nossos passos e ondas geradas se dirigem em frente ou se nos fazem recuar séculos de evolução e administração que tínhamos, até há pouco tempo, como garantidos.

Muitos de nós não podem ainda votar, mas esperámos, do fundo dos nossos corações, que as pessoas que o podem fazer ouçam as nossas vozes, os nossos gritos que imploram para que exerçam o vosso direito e dever de manter a democracia, que levou anos, pessoas, vidas, lágrimas, suor, esforços coletivos e espírito de mudança para conquistar e nós, jovens, queremo-la por muito tempo, quiçá, pensando num prazo que me ultrapassa, para o resto dos anos que o mundo tem para nos oferecer, a todos nós, os de agora e os que hão ainda de vir.

Escrevo estas palavras agora num suplico a uns\ umas e a outr@s, num lembrete de que o nosso futuro está nas vossas mãos, de que nada adianta dizer que os jovens são o futuro do país e do mundo se vós, que têm direito ao voto, direito de escolher quem organiza e governa o nosso país, quem gere as nossas liberdades ou opressões, os nossos limites e as nossas oportunidades, nos submetem ao fascismo, a uma ditadura disfarçada de mudança e progresso, nos submetem á ignorância, ao filtro, aos olhares e julgamentos que outrora foram julgados por aqueles que nos deixaram o legado de revolução, de movimento contra as correntes que nos prendem, que nos deixaram abril, que nos deixaram o 25, que nos deixaram os cravos, filhos da natureza, que evolui, que “caminha” sempre em frente nunca esquecendo as raízes de mudança e aqueles que nos ensinaram a amar o que temos, a manter a ordem e a nos movermos contra toda a vontade que há em silenciar as vozes dos jovens que cada vez mais acordam para o que acontece á sua volta.

Assim, tendo, vós, o poder da mudança, quero que saibam que a juventude jamais esquecerá a dádiva ou perdoará a maldição que vós escolhereis deixar-nos.

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Mia Filipe, jovem natural de Resende desde o ano do seu nascimento, 2004, e atualmente estudante de Línguas e Humanidades na ESDEM.

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