Numa pergunta ao Ministério das Finanças, as deputadas do Bloco de Esquerda, Isabel Pires e Mariana Mortágua, querem saber se existem medidas do governo para a manutenção e reforço das redes de distribuição de numerário, conhecidas como caixas multibanco. Um recente estudo do Banco de Portugal revelou que a redução das caixas multibanco pode afetar 26 freguesias, sobretudo no distrito de Bragança.
O estudo do Banco de Portugal (BdP) intitulado “Avaliação da Cobertura de Rede de caixas Automáticos e Balcões de Instituições de Crédito”, publicado no dia 21 de julho, revelou que a redução de caixas multibanco e agências bancárias pode afetar o acesso ao numerário da população de 26 freguesias, sobretudo no distrito de Bragança.
Os dados da SIBS mostram que as caixas multibanco diminuíram de 14318 em 2010 para 11645 em 2019, o que representa uma quebra 19%. Mas segundo o estudo do BdP, o numerário continua a ser o modo de pagamento mais utilizado em Portugal.
Para o Bloco, “os principais afetados pela redução da rede de caixas multibanco e agências bancárias é a população envelhecida, que pertence a um grupo socioeconómico vulnerável, com menor grau de escolaridade e fora dos grandes centros urbanos”.
O estudo do BdP ainda revela que existem 55 freguesias com uma distância superior a 10 quilómetros da caixa multibanco ou da agência bancária mais próxima e para as deputadas do Bloco, Isabel Pires e Mariana Mortágua, “a ascensão dos novos canais com base em tecnologias de informação, tais como o mobile banking e homebanking, não pode significar o abandono da rede de numerário que se tem verificado nos últimos anos”.
Por isso, o Bloco considera “fundamental manter ativa a rede de distribuição de numerário e reforçar os níveis de cobertura nacional para que efetivamente permitam a satisfação das necessidades da população” e questiona o Ministério das Finanças com o objetivo de saber se existem medidas que permitam a manutenção e reforço do serviço
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