A Comissão Coordenadora Distrital de Bragança do Bloco defendeu em comunicado, intitulado “um distrito incontactável”, que só com um serviço público de telecomunicações se pode garantir que distritos como o de Bragança tenham cobertura de rede móvel e Internet como merecem, porque como não dão “lucro”, “único interesse dos privados” continuam com falta de cobertura de rede numa boa parte do distrito.
A distrital do Bloco salienta que se não se contarem as cidades e vilas do distrito a rede ou cobertura de Internet é escassa. Consideram que para além do “isolamento das aldeias, pela perda populacional, e as fracas infraestruturas, inerente ao processo de despovoamento, a constante perda de serviços e as longas distâncias entre localidades, muito característica no distrito de Bragança, nem sequer termos a possibilidade de reduzir distâncias através de meios como a Internet ou o telemóvel, porque a rede não ajuda e por vezes só no cume isolado, e longínquo, das localidades, se consegue um mínimo de cobertura de rede móvel, este é, mais um, entrave ao nosso desenvolvimento; o que impede a coesão territorial.”
Referem também que o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou, Pedro Siza Vieira, Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, sobre o alargamento da cobertura territorial dos serviços de telecomunicações reiterando a falta que estes serviços fazem ao distrito de Bragança.
O Bloco dá como exemplo a IC5 onde “não existe rede móvel, inviabilizando qualquer contacto, nesta ligação, dita e tida como moderna, entre Alijó e Miranda do Douro”.
Esta situação não é de agora e devido à baixa densidade populacional da região este negócio não é lucrativo o que “atrasa o processo e o progresso, acresce a privatização, da Portugal Telecom, o que, como admitido em processo, decorreu, como a própria pergunta parlamentar do Bloco de Esquerda refere, ”durante várias legislaturas do PS, PSD e CDS, tendo passado totalmente para as mãos de privados durante o ano 2011”, torna o Interior mais isolado.”
Defendem também que “esta situação merece uma solução urgente e eficaz que dê a estas populações as mesmas possibilidades de acesso à tecnologia que, num momento como o que atravessamos se vê ainda mais importante. Sendo, mormente, inaceitável que continue a haver populações, e alunos, impedidas de contacto, e de ter aulas, à distância.”