A mina de lítio prevista para o concelho de Boticas continua a ser contestada. Manifestantes não querem o seu modo de vida prejudicado e acusam o Ministro do Ambiente de ser o “coveiro do Barroso”.
Segundo notícia do Jornal de Notícias (JN), ontem, cerca de 150 pessoas manifestaram-se em frente à Câmara Municipal, onde a APA – Agência Portuguesa do Ambiente, no âmbito do processo de consulta pública do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), realizou uma sessão de esclarecimentos.
Os manifestantes fizeram-se acompanhar de bombos e proferiram palavras de ordem contra a mina e contra o Ministro do Ambiente, voltando a sublinhar o lema “Não à mina. Sim à vida”.
Defendem que a mina projetada para Covas do Barroso prejudicaria o sustento e modo de vida de quem lá vive, tratando-se este de um território classificado como Património Agrícola Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
“Não queremos que ninguém venha matar o nosso modo de vida”, destacou ao JN Benjamim Gonçalves, 62 anos, um dos agricultores locais. “A mina é um atentado ao nosso passado, à nossa memória e ao futuro das novas gerações”, completou outro dos presentes, Nuno Teixeira.
A Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso promoveu o protesto ao EIA do projeto mineiro da empresa Savannah Lithium, acusada pelo dirigente Nelson Gomes de fazer “propaganda”.
O movimento Montalegre Com Vida esteve presente na manifestação, com as palavras de ordem “Barroso unido jamais será vencido”.
Também os presidentes de Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, e Ribeira de Pena, João Noronha, manifestaram apreensão com a mina e com o EIA em consulta pública.
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