De acordo com o pedido de insolvência, a empresa sediada em Alcains refere que “sucumbiu à pandemia da covid-19”.
A empresa de vestuários Dielmar anunciou, segundo a agência Lusa, que “terminamos hoje o sonho dos nossos pais e dos fundadores da Dielmar, que há 56 anos ousaram transformar a sua atividade artesanal com a criação de uma indústria em Alcains que criou milhares de empregos, formou milhares de pessoas, gerou imensa riqueza para a região e para o país e levou o nome de Portugal pelo mundo”.
A empresa é uma das maiores empregadoras da região e vai levar para o desemprego perto de 300 pessoas. O pedido de insolvência foi entregue na semana passada no Tribunal do Fundão e foi aceite por dívidas a fornecedores.
A administração afirma que a empresa “sucumbiu à pandemia da covid-19” e garante que “pagou pontualmente e até à data os salários aos seus trabalhadores”.
A Dielmar foi fundada em 1965 pela junção de quatro alfaiates que deram o nome à empresa: Dias, Hélder, Mateus e Ramiro. Especializou-se em roupa para homem, chegando a vestir a seleção de Portugal no Euro 2016, antes da crise exportava 70% da produção para 25 mercados e faturava 15 milhões de euros.
Marisa Tavares, dirigente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa, em declarações ao Jornal do Fundão, disse que “os trabalhadores estão a gozar um período de férias até dia 16” e que “a Comissão Sindical na Dielmar não sabe de nada”, tendo já pedido “informações urgentes”.
Hoje vai-se realizar um plenário dos trabalhadores junto à entrada da Dielmar, em Alcains.
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