Trabalhadoras da Dielmar em luta pela salvaguarda dos postos de trabalho

“Temos de arranjar soluções para que, efetivamente, a empresa [Dielmar] continue a laborar. Esse é o ponto principal, a empresa não deixar de laborar e continuar a ter todos os postos de trabalho salvaguardados”, explicou aos jornalistas Marisa Tavares, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa, durante uma concentração de trabalhadoras da Dielmar.

Durante o protesto, que aconteceu esta segunda-feira, em frente à Câmara de Castelo Branco, foi aprovada uma resolução, na qual é exigido que sejam tomadas todas as medidas para que no dia 18 de agosto possam regressar ao trabalho.

Para tal é necessária “matéria-prima, por forma a trabalharem as encomendas que ficaram na linha”, lê-se no documento.

Caso esta situação não seja “de todo possível”, as trabalhadoras aceitam prolongar o período de férias até ao final de agosto, abdicando do gozo no período de Natal.

Desta forma, procuram dar tempo às entidades competentes de trabalharem uma solução “que viabilize a continuidade e salvaguarda dos postos de trabalho”.

As trabalhadores enfatizam que tem de haver “um real compromisso por parte do Governo”, através do Ministério da Economia, de que “chegam ao final do mês de agosto e seguintes e terão o seu vencimento disponível”.

“O Governo e o administrador da insolvência vão ter uma palavra a dizer. Que seja salvaguardado que os trabalhadores, no final de agosto, tenham o vencimento disponível. Isto não é inédito. Já aconteceu em outras empresas e também pode acontecer nesta”, destacou Marisa Tavares.

Em declarações à TSF, a dirigente sindical mostrou o seu contentamento pelo facto de três empresários terem manifestado interesse na compra da Dielmar. Mas aconselhou “alguma cautela”: “De uma manifestação de interesse temos de passar ao concreto e temos de conhecer o que se está a construir”.

Na sexta-feira decorrerá uma nova concentração, agendada para a Dielmar. Nessa altura, o Sindicato vai informar as trabalhadoras dos resultados das reuniões com o administrador de insolvência e com o Ministério da Economia.