DIELMAR: “estamos perante uma gestão danosa, que poderá afetar gravemente o rendimento de muitas famílias”

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A fábrica de confeções DIELMAR, instalada em Alcains, concelho de Castelo Branco, declarou insolvência no passado fim-de-semana. Bloco de Esquerda solidariza-se com a estrutura sindical e demonstra incompreensão para com a posição da autarquia.

A empresa exportadora foi fundada em 1965, assegurando cerca de 300 postos de trabalho. O anúncio de insolvência surgiu sem qualquer comunicação prévia às trabalhadoras, que neste momento se encontram de férias. 

De acordo com as notícias tornadas públicas, a DIELMAR emitiu um comunicado em que justifica a decisão com a pandemia, alegando “que a insolvência abrirá novas oportunidades que terão certamente a mobilização e apoio do próprio Estado e da autarquia e poderão proporcionar o ressurgimento da empresa e a manutenção dos seus acuais postos de trabalho”.

“A hipocrisia deste discurso omite que em 2019, ainda antes da pandemia, a empresa já tinha capitais próprios negativos, que o Estado ao longo dos anos foi assegurando a capitalização da empresa, primeiro entrando no capital com 30%”, acusa o Bloco de Esquerda, lembrando ainda que já em 2017, aquando de uma reestruturação financeira, foi garantida “a aquisição de imóveis por 2,5 milhões de euros e […] uma parte muito substancial da dívida da empresa.”

A isto acresce a informação obtida nas declarações do Ministro da Economia, referidas pela imprensa, que terá sido acordado sucessivamente com a administração da empresa a possibilidade de serem alienados de determinados ativos ou de ser assegurada uma gestão mais profissional, o que nunca chegou a acontecer.

Face a tudo isto, o Bloco de Castelo Branco conclui que esta se trata de “uma gestão danosa, que poderá afetar gravemente o rendimento de muitas famílias, a economia de uma região e de um país”, defendendo que a marca, “de prestígio nacional e internacional, deve ser gerida com rigor, com soluções que permitam o seu desenvolvimento e a manutenção dos postos de trabalho.”

O partido demonstra ainda incompreensão face à posição da autarquia que, antecipando a situação de desemprego, opta por admitir a absorção dos postos de trabalho por outras empresas, “quando a questão principal passará pela viabilização da marca e manutenção do emprego.”

O Bloco de Esquerda de Castelo Branco já manifestou a sua solidariedade e apoio à estrutura sindical da DIELMAR e está disponível para colaborar numa resolução que não prejudique as trabalhadoras e a história da empresa. 

 

Castelo Branco: Dielmar pede insolvência e pode atirar 300 pessoas para o desemprego

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