No passado domingo, dia 14 de fevereiro, a CooLabora comemorou o seu décimo terceiro aniversário em sessão online que contou com a presença de cerca de meia centena de pessoas, reunindo memórias e perspetivando o futuro.
Em comunicado ao que o Interior do Avesso teve acesso, a CooLabora refere que “foram muitas as histórias, as estórias, as memórias e os sonhos trocados, que culminaram com as razões de celebração da cooperativa de intervenção social”, salientando “o empenho e persistência da equipa, das/os cooperantes, das pessoas que fizeram estágios e das voluntárias e amigas.” Afirmam também que houve uma celebração do trabalho coletivo desenvolvido com as entidades parceiras e “com todas as redes onde a cooperativa está envolvida.”
Salientam que esta celebração consistiu naquilo que move a associação, como “a construção da igualdade entre homens e mulheres porque é a mais invisível, a mais consentida e transversal de todas as discriminações”, “a luta contra a violência doméstica e de género”, a luta por uma educação igualitária para crianças e jovens com baixos recursos, integração de minorias étnicas, bem como, “a experimentação de outras formas de organização económica e social que escapam à lógica capitalista mercantil, como o espaço Troca a Tod@s que ainda não foi inaugurado, mas que funciona, ou a reflexão e acção que se começa a encetar sobre uma educação transformadora.”
Segundo Graça Rojão, presidente da direção da CooLabora, existe uma tensão contraditória entre reforma e transformação “porque há urgências que se impõem, como as crianças que precisam de estudar e não têm condições, ou as vítimas que batem à porta do gabinete, onde temos de agir com uma intervenção remediativa, mas não esquecemos que o nosso caminho é a transformação, para uma sociedade mais igualitária, democrática, justa e ecológica”.
Terminam considerando que a CooLabora “continua a procurar no presente as sementes de um futuro possível, de utopias concretas e é nessa imaginação projectual que constrói os passos e o caminho, do ainda-não, ou, como diz o Boaventura Sousa Santos, do “modo como o futuro se inscreve no presente e o dilata” enquanto possibilidade concreta e consciência emancipatória.”
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