Hospital de Castelo Branco contratou 19 médicos desde 2019 mas perdeu 18

O Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco perdeu 18 médicos nos últimos dois anos, maioritariamente por aposentação, mas garantiu a contratação de 19. Ainda assim, persiste a necessidade de profissionais.
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O Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco perdeu 18 médicos nos últimos dois anos, maioritariamente por aposentação, mas garantiu a contratação de 19. Ainda assim, persiste a necessidade de profissionais.

A informação foi adiantada hoje à Lusa pelo Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULSCB). “Desde 2019, entraram no Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco 19 médicos. No mesmo período de tempo, saíram 18 clínicos”.

Em resposta a um conjunto de questões colocadas pela agência Lusa, o Conselho de Administração sublinhou ainda que, durante o mesmo período, ingressaram na ULSCB “85 enfermeiros e saíram 25”. Já em relação aos técnicos de diagnóstico, “registaram-se 36 ingressos e cinco saídas”.

“As principais razões para as perdas dos profissionais de saúde médicos são a aposentação e, infelizmente, o falecimento”, destacou a mesma fonte. Apesar dos números, persiste a necessidade de profissionais, a ULSCB diz que a “situação é por demais conhecida”.

“Os mapas de pessoal das instituições, ao nível hospitalar e dos cuidados de saúde primários, devido às aposentações na classe médica, carecem de reforço de meios humanos, não sendo o nosso hospital exceção”, frisou a fonte da Lusa.

No final de novembro, foi tornado público que contratados externos constituíam a maioria dos clínicos nas urgências de Castelo Branco não havendo, desde janeiro, chefe de equipa neste serviço.

Segundo o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), mais de metade da atividade hospitalar do Serviço de Urgências do Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, seria garantida através contratados de empresas especializadas.

Situação que pode piorar pois, de acordo com o SIM, pelo menos 16 médicos estão no limite da idade da aposentação o que porá em causa o funcionamento de alguns serviços. Para piorar a situação, o sindicato denunciou ainda que “há médicos naquele hospital que somam em seis meses 400 horas extraordinárias”.

Sobre as dificuldades sentidas no recrutamento de clínicos, a ULSCB acrescentou hoje à Lusa que “os médicos são contratados através de concurso público” e adiantou que a ULSCB reportou à tutela [Ministério da Saúde] “aquelas que entende possam ser as suas necessidades”.

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