Urgências de Castelo Branco sem médicos nos quadros

Autor: Threeohsix Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.en Link original: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hospital_Amato_Lusitano_again.jpg

Contratados externos são maioria nas urgências de Castelo Branco não havendo, desde janeiro, chefe de equipa neste serviço.

Segundo notícia do Jornal de Notícias, que cita informações do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), mais de metade da atividade hospitalar do Serviço de Urgências do Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, é garantida através contratados de empresas especializadas.

O SIM, através do seu secretário-geral, entende que “estes médicos não garantem a organização devida do serviço” onde “desde janeiro não existe chefe de equipa”, sendo que vão enviar hoje um ofício ao Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), com conhecimento à Administração Regional de Saúde do Centro, Ministério da Saúde e Ordem dos Médicos a pedir explicações.

Entre os problemas identificados encontra-se a Urgência Pediátrica, que funciona em pré-fabricados há mais de um ano e onde as “crianças são triadas diretamente para a Cirurgia/ Ortopedia sem serem avaliadas previamente por um pediatra”.

Também na área de Ginecologia/Obstetrícia, o Serviço de Urgência é assegurado por médicos prestadores de serviço. Diz ainda o SIM que a escala de Medicina Interna é assegurada muitas vezes por tarefeiros, tal como os anestesistas. “São médicos cuja atividade não é supervisionada”, aponta.

Situação Pode Piorar com Aposentação de 16 Médicos

Segundo o SIM, pelo menos 16 médicos estão no limite da idade da aposentação o que porá em causa o funcionamento de alguns serviços. Para piorar a situação, “Há médicos naquele hospital que somam em seis meses 400 horas extraordinárias”, aponta ainda Roque Cunha ao Jornal de Notícias.

Em entrevista ao Jornal do Fundão, a 30 de setembro, o presidente do Conselho de Administração da ULSCB, José Nunes, reclamava mais medidas para a fixação de médicos. “Dentro de dois ou três anos, boa parte dos nossos médicos vai sair por atingir a idade de aposentação”. Dizia ainda que existem 250 médicos em falta no quadro de pessoal da ULSCB.

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