A UTAD está a negociar com 20 hotéis da cidade de Vila Real para aumentar a oferta do alojamento estudantil. “É previsível que o número de colocados seja superior, uma vez que há maior número de candidatos”, afirmou o reitor da universidade.
Devido às normas impostas pela Direção-Geral de Saúde (DGS) por causa da pandemia da covid-19, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) viu-se obrigada a reduzir o número de camas disponíveis de 532 para 358, uma situação que agrava as dificuldades dos estudantes em arranjar alojamento na cidade de Vila Real.
Em declarações à Lusa, António Fontainhas Fernandes, reitor da UTAD, refere que “a redução de camas na UTAD é de cerca de 30% e estamos a tentar compensar. Por outro lado, é previsível que o número de colocados seja superior, uma vez que há maior número de candidatos”. Para tentar minimizar este problema, a universidade está a negociar com 20 unidades hoteleiras para assim alargar a oferta de alojamento para os estudantes.
A UTAD já celebrou um protocolo com a Associação Académica e 4 unidades hoteleiras.
A oferta de alojamento é dirigida aos estudantes da UTAD, de todos os ciclos de estudo, tendo sido criada uma comissão que irá fazer a monitorização do processo. Em Vila Real, 70% dos estudantes universitários são deslocados e, destes, perto de 90% são obrigados a encontrar soluções de alojamento no mercado privado.
José Pinheiro, da Associação Académica da UTAD, considera a iniciativa positiva, mas apontou que resolve apenas temporariamente o problema da falta de alojamento. A solução, segundo o estudante, passa por aumentar o número de camas da esfera pública.
Hilário Néry, da Casa Cruz, disse à Lusa que a hotelaria teve “bastantes baixas, apesar de ter no verão conseguido recuperar alguma coisa” e acrescenta que “esta proposta que nós é feita pela UTAD é interessante porque vamos ter uma ocupação ao longo do ano com pessoas que vivem na região”.