Queixas de abusos laborais contra o Grupo Visabeira não param de chegar

Visabeira

O despedimentos.pt está a mapear os abusos laborais na crise que vivemos e já recebeu várias denúncias sobre o Grupo Visabeira.

As denúncias começaram a chegar ao Interior do Avesso sobre a inflexibilidade na negação do encerramento de lojas no Centro Comercial Palácio do Gelo, em Viseu. O Interior do Avesso tornou pública essa denúncia, igual para o Fórum Viseu, começando algumas lojas a encerrar no dia 16 de março.

As denúncias seguintes reportavam a negação do teletrabalho, como forma de contenção da propagação da Covid-19, segundo as denúncias em casos pedidos e em funções compatíveis, como obrigam as normas desta altura de pandemia.

Também reportada foi a obrigatoriedade do uso dos dias de férias para quem estivesse em casa para assistência à família, algo que não é legal visto que a lei não permite a marcação unilateral de férias até 1 de maio.

Outras denúncias relatam a imposição de férias forçadas na Cerutil, indústria da Visabeira sediada no Sátão e com 250 trabalhadores, onde é transmitido que foram obrigados a tirar “3 semanas de férias” sob “ameaça de não renovação de contrato”.

A última denúncia que chegou ao despedimentos.pt, a mais grave, já fala em processo de layoff dizendo que parte dos trabalhadores vai “continuar a trabalhar a 100%”, apesar deste mecanismo ser para empresas que deixem de laborar ou que tenham grandes perdas de trabalho, sendo que parte dos encargos com os dos trabalhadores estar a ser pago pelo estado.

Este grupo tem mais de 10.000 trabalhadores, está presente em 16 países e teve nos primeiros 3 meses de 2019 um resultado histórico de 424 milhões de euros, tendo um resultado líquido de 20 milhões de lucro neste período. Em 2017 e 2018 juntos terá tido um lucro líquido de cerca de 100 milhões de euros.

O site despedimentos.pt é, segundo declarações do deputado e dirigente nacional do BE Jorge Costa, para “todos os casos de irresponsabilidade social das empresas que deixam as pessoas, que já são vulneráveis por serem precárias, em situação de ainda maior vulnerabilidade no quadro de uma pandemia”.

 Ver também:

Covid-19: Que direitos e que proteção para quem trabalha?

Despedimentos.pt nasce para a receção de denúncias de abuso laboral

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