Em resposta ao Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, o Governo refere que “as redes unitárias são um dos problemas detetados e que potenciam a contaminação das linhas de água”, como é o caso da ribeira Grande.
No dia 15 de abril de 2020, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática devido às descargas poluentes que aconteceram na ribeira Grande da Sertã entre o dia 25 de março e 9 de abril de 2020.
Em resposta ao Bloco, datada de 3 de março de 2021, o Governo confirma que “tem conhecimento das descargas poluentes que se verificaram na ribeira da Sertã, tendo a equipa do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente da Guarda Nacional Republicana (SEPNA/GNR) da Sertã tomado conta das ocorrências”.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o SEPNA revelam que “a Câmara Municipal da Sertã informou da ocorrência de uma descarga de emergência na Estação Elevatória de Valada para a linha de água”, não tendo recebido qualquer notificação entre os dias 25 de março e 9 de abril de 2020.
O Ministério refere que “após ter verificado descargas para a linha de água, foi levantado auto de notícia pelo SEPNA. As redes unitárias são um dos problemas detetados e que potenciam a contaminação das linhas de água, dado a existência de redes unitárias na sede do concelho. Nestes casos, após ocorrência de eventos de precipitação intensa, os sistemas elevatórios não têm capacidade para elevar todo o caudal que é rececionado”.
As redes unitárias consistem em sistemas de esgotos com o mesmo destino, isto é, o esgoto pluvial, o esgoto doméstico e o esgoto industrial.
“A conceção, implantação e gestão das redes de drenagem, em «baixa», é, em geral, da competência das entidades gestoras desses sistemas em baixa, e, neste caso, da competência do Município da Sertã. A APA tem vindo a acompanhar a concretização das medidas de proteção da qualidade dos recursos hídricos”, termina a resposta do Governo.
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