Tejo: “Nem todos os anos são de seca”

Rio Tejo junto à margem de Cedilho
Rio Tejo junto à margem de Cedilho

O movimento ProTejo aponta o dedo a quem quer construir novas barragens no Tejo com a justificação da seca. “Mais uma vez está demonstrado que nem todos os anos são de seca, ao contrário do que afirmam os que querem a todo o custo usar esse argumento para construir açudes e barragens no rio Tejo”, refere.

 

Numa nota publicada nas redes sociais, o movimento ProTejo afirma que “neste momento a barragem de Alcântara ainda se encontra apenas a 47% da sua capacidade de armazenamento devido às elevadas descargas que em 2020 realizaram para produção de energia hidroelétrica”. 

Mas ainda assim, “existe capacidade para acomodar as entradas de água que se preveem devido à precipitação.Em território nacional, são importantes os contributos da barragem do Cabril e do Castelo de Bode através do rio Zêzere”, sublinham os ambientalistas.

Para o ProTejo, “mais uma vez está demonstrado que nem todos os anos são de seca, ao contrário do que afirmam os que querem a todo o custo usar esse argumento para construir açudes e barragens no rio Tejo”.

O movimento proTEJO já tinha rejeitado a construção de mais açudes e barragens no rio Tejo defendidos no Projeto Tejo e nesse sentido, aprovou um memorando onde aponta os seus impactos negativos ecológicos e económicos.

Mais uma vez está demonstrado que nem todos os anos são de seca ao contrário do que afirmam os que querem a todo o custo…

Publicado por ProTEJO – Movimento Pelo Tejo em Domingo, 7 de fevereiro de 2021

Solução passa pela revisão da Convenção de Albufeira 

Recentemente, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática no sentido de obter informações sobre a barragem anunciada e sobre o estudo, nomeadamente sobre a localização exata, os custos, a calendarização e os impactos ambientais na região. 

A ideia de construir uma barragem no rio Ocreza tem como principal objetivo, segundo a tutela, “assegurar o aumento da resiliência ecológica do rio Tejo”, está em “estudo, na Agência Portuguesa do Ambiente, o aumento de capacidade de regularização sazonal dos caudais do Tejo, em particular no período de estiagem”. 

Para o Bloco, a solução passa pela revisão da Convenção de Albufeira, mas Matos Fernandes refere que sobre as negociações de caudais diários não há muitas novidades, sendo que ficou decidido um “mecanismo de acompanhamento trimestral do regime de caudais e dos fenómenos extremos”, sobretudo sobre “secas e inundações”.

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