A alegada intenção do Ministério da Administração Interna, em deslocar estas subunidades de Mirandela, Viseu, Castelo Branco e Beja para o litoral, denunciada pelo Bloco de Esquerda, representará a transferência de 24 agentes, que afetará diretamente mais de 100 pessoas.
O Bloco de Esquerda questionou o Ministério da Administração Interna sobre a suposta intenção de “cessar a atividade das subunidades da Unidade Especial de Polícia, os Centros de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo (CIEXSS), instalados em Mirandela (Bragança), Viseu, Castelo Branco e Beja, para os centralizar no Porto, Lisboa e Faro, já no final do corrente ano de 2020”.
Esta subunidade CIEXSS criada foi criada em 5 de janeiro de 2000 é uma subunidade da Unidade Especial de Polícia que tem como principal função a “deteção e inativação de engenhos explosivos e de segurança no subsolo que procede a um grande número de missões de proteção, estando treinada e capacitada para atuar em ambientes perigosos e insalubres, nomeadamente contaminados com agentes biológicos, químicos, nucleares ou radiativos”.
Outra das funções dos agentes desta especialidade é, segundo a pergunta entregue pelo Bloco de Esquerda, a “formação a todos os agentes policiais e assim estarem preparados para o manuseamento de explosivos e outras matérias perigosas”, à qual se junta a “responsabilidade do CIEXSS a prevenção em escolas dos perigos dos explosivos e formação de trabalhadores em locais de grande afluência como centros comerciais e hipermercados”.
O Bloco de Esquerda, pela mão da deputada Sandra Cunha, apresentou as perguntas “o Governo tem conhecimento desta situação?”, se “confirma o governo a intenção de deslocar os Centros de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo?”, “que reforma está em curso no CIEXSS?” e se “não considera o governo que esta decisão contribui para o despovoamento do interior?”.