Dados do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas revelam que a área inferior à média anual da última década. Os incêndios de maior dimensão, que superaram os mil hectares, foram em Oleiros, Chaves, Castro Verde, Aljezur e Covilhã. Artigo do esquerda.net.
Segundo a Lusa e citando o terceiro relatório provisório de incêndios rurais do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, arderam mais de 24 mil hectares em todo país, contabilizando um total de 5.294 incêndios de janeiro a julho deste ano. A área ardida corresponde a um valor inferior à média anual registada nos últimos 10 anos e dos mais de 24 mil hectares, 12.031 foram em povoamentos, 8.247 em matos e 4.420 em áreas agrícolas.
Em comparação com os primeiros sete meses do ano da última década, o relatório refere que houve uma redução de 43% de incêndios rurais e menos 34% de área ardida. O documento também informa que os incêndios mais pequenos, de menos de um hectare, são os mais frequentes, correspondendo a um total de 87% dos incêndios deste ano.
Os maiores incêndios deste ano, superiores a mil hectares, foram os de Oleiros (Castelo Branco), Chaves (Vila Real), Castro Verde (Beja), Aljezur (Faro) e Covilhã (Castelo Branco), sendo o maior o de Oleiros, no dia 25 de julho, que afetou uma área de 5.570 hectares.
De acordo com o ICNF, as causas mais frequentes de incêndios são o fogo posto (27%), queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (19%), queimas de amontoados de sobrantes florestais e agrícolas (9%) e queimadas para a gestão de pasto de gado (8%). Do total de 5.295 incêndios, foram investigados 52% o que representam um valor de 2740 e conseguiu-se encontrar o motivo da ignição em 1840.
O distrito mais afetado pelos fogos, em área ardida, é Castelo Branco, seguido de Vila Real e Faro. Relativamente ao número de incêndios, o distrito mais afetado é o Porto, seguido de Braga e Aveiro. O relatório ainda refere que os concelhos que apresentam um maior número de incêndio são os que se encontram “a norte do Tejo” e que têm uma “elevada densidade populacional, presença de grandes aglomerados urbanos ou utilização tradicional do fogo na gestão agroflorestal”.
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