Na Assembleia Municipal do Fundão, o Bloco de Esquerda desafiou o Presidente a preparar um plano de desconfinamento saudável para os jovens, pensando mais nas mentes futuras. Central de Biomassa do Fundão e aplicação de produtos herbicidas foram outros assuntos levantados pela deputada municipal.
A deputada municipal do Fundão pelo Bloco de Esquerda, Cristina Guedes, sustentou na Assembleia Municipal de ontem que “as mentes futuras estão confinadas”, explicando que crianças e jovens estão em confinamento há 12 meses, experienciando “situações tão diferentes do habitual que quase parecem dentro de um filme de ficção científica”.
Nesse sentido defendeu que “temos de estar muito atentos” no que diz respeito à saúde mental dos mais jovens. “Todos os dias tenho jovens em frente às câmaras e começo a observar alterações nos seus comportamentos e não sou a única com estas observações e preocupações”.
“Assim gostaria de questionar o Sr Presidente da Câmara se já pensou em preparar um plano de desconfinamento saudável para estes jovens? Um plano não só para os jovens que já pertencem a associações de desporto, pois temos muitos que não pertencem a nenhuma e somos nós que temos a responsabilidade de lhes fornecer desafios sustentáveis/ saudáveis /responsáveis, para sociabilizarem sadiamente. Peço-lhe que pensemos mais um pouco nas nossas mentes futuras”, desafiou Cristina Guedes.
Depois de uma pergunta e pedido ao Governo, em maio de 2020, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda recebeu na semana passada o relatório da empresa Sonometria de setembro de 2019, relativo à Central de Biomassa do Fundão. A deputada municipal questionou se o relatório da empresa ECO14, contratada pela câmara e de maior fiabilidade, foi enviado para o Ministério do Ambiente e da Ação Climática.
Um último assunto abordado pelo Bloco de Esquerda no Fundão foi a data e locais em que são aplicados os produtos herbicidas, “são afixados em editais ou é periódico?” Cristina Guedes partilhou que “alguns agricultores mostraram descontentamento pela forma e data em que os produtos são aplicados e o desconhecimento das datas de aplicação. Obtive alguns testemunhos, nomeadamente a não preocupação com as zonas em que há passagem de gado; aplicações descuidadas deitaram para dentro de terrenos agrícolas e usando as pistolas inapropriadas e sem o equipamento adequado.”
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