Depois de uma visita ao bairro, com a deputada Maria Manuel Rola, o Bloco denuncia problemas de saúde pública e de condições de habitabilidade, tal como a falta de resolução no processo de mediação cultural. Para o partido, “é preciso intervir e ser proactivo para travar o ciclo de pobreza e segregação instalados”.
Em comunicado, a Comissão Coordenadora Distrital de Viseu (CCDV) do Bloco de Esquerda informa que “a deputada do Bloco de Esquerda Maria Manuel Rola, da Comissão Parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, em conjunto com membros da CCDV, no dia 7 de novembro, esteve reunida com moradores e moradoras do bairro de habitação social Nossa Senhora do Castelo em Mangualde”.
O Bloco refere que “apesar das promessas de requalificação e manutenção que relataram serem feitas pelo município, em resposta aos seus apelos e insistência, as condições das habitações são visivelmente precárias, consistindo em edifícios pré-fabricados, originalmente instalados em 1974, com um sistema de esgoto bastante deficitário, inseridas num local sem manutenção de espaços públicos”.
As habitações são responsabilidade do Município de Mangualde e “também levantam problemas de saúde pública, uma vez que ainda têm telhados e outros elementos em amianto”, aponta a CCDV, acrescentando que “a humidade resultante de infiltrações em algumas habitações e a existência de ratos provenientes do sistema de saneamento”.
Para além das questões físicas das habitações, os moradores afirmaram existir “falta de transparência ou resolução por parte da autarquia em relação ao processo de criação de um mediador cultural, mecanismo que poderia promover a inclusão de quem habita este bairro, contrariando a frequente segregação e discriminação de que são alvo no acesso à habitação, ao trabalho ou a formações”.
A distrital do Bloco acredita que “a falta de respostas para o Bairro da Nossa Senhora do Castelo, expõe a falta de empenho político do município na efetivação do direito constitucional à habitação e na inclusão de quem lá reside”.
“É preciso intervir e ser proactivo para travar o ciclo de pobreza e de segregação instalados, necessitando Mangualde de coragem política para enfrentar os problemas com mediação cultural e oferta habitacional, educacional, profissional de forma a criar um ecossistema único sem margens fora da participação ativa”, refere a nota de imprensa.
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