População votou contra regresso de automóveis à ponte romana de Chaves

Foto de Vítor Oliveira | Flickr
No referendo deste domingo, 85% dos votantes repudiaram a reabertura do monumento ao trânsito de automóveis. Bloco manifestou a sua satisfação face à decisão dos flavienses e defendeu que “faz falta uma estratégia clara de conservação e promoção do património histórico da cidade”.

A Câmara Municipal de Chaves promoveu este domingo um referendo sobre a circulação de trânsito automóvel na ponte romana de Trajano, construída no final do século I DC e classificada como monumento nacional.

À pergunta “Concorda com a reabertura da ponte romana de Chaves ao trânsito de veículos automóveis ligeiro, num único sentido?”, 85% dos votantes, o equivalente a 4.440 pessoas, responderam “Não”. No total, votaram 5.250 eleitores, o que corresponde a apenas 12,07% do universo eleitoral.

O autarca da cidade, citado pelo Diário de Notícias, reagiu ao resultado, afirmando que “corrigiu-se um erro democrático de tomar uma decisão sem consultar os cidadãos”.

“Faz falta uma estratégia clara de conservação e promoção do património histórico da cidade”

Em declarações ao Esquerda.net, Lúcia Cunha afirmou que a distrital do Bloco de Esquerda de Vila Real “congratula-se com o facto dos flavienses terem claro que a Ponte Romana sobre o Tâmega não deve ser aberta ao trânsito automóvel”.

Por outro lado, “lamentamos, contudo, que isso não fosse claro para quem insistiu teimosamente em realizar um referendo cujo resultado era óbvio”, acrescentou.

O Bloco de Vila Real reforçou, tal como já tinha referido em comunicado antes do referendo, que espera que “o poder local, após o barulho gerado e os recursos gastos na concretização deste referendo, se debruce sobre problemas fulcrais do nosso concelho”.

Os bloquistas defendem que “faz falta uma estratégia clara de conservação e promoção do património histórico da cidade, bem como resolver os problemas de dinamização e os problemas estruturais do museu das termas romanas”.

“Constituir Chaves, à semelhança de outros municípios, património mundial pela UNESCO, seria algo fundamental”, frisou Lúcia Cunha, assinalando ainda que o município devia contribuir para a descarbonização, incentivar o uso das bicicletas e desenvolver as ciclovias.

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Artigo publicado em Esquerda Net

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