PRR: o “o hábito faz o monge” e “gato escaldado de água fria tem medo”

É com referência a ditados populares que o Bloco de Macedo de Cavaleiros comenta a falta de investimentos na região no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Os ditados populares são pronúncia, não só, da justiça popular, como da frequência com que determinadas ações e situações se apresentam perante a população, calejando a sua experiência. É por isso que, pegando nesta sabedoria popular de que “o hábito faz o monge” e que “gato escaldado de água fria tem medo”, podemos afirmar, infelizmente, que não recebemos com surpresa a falta de investimento, proposta para a região, pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.

Assim começa o comunicado que a estrutura concelhia do Bloco de Esquerda fez chegar à redação do Interior do Avesso, uma reação que é sustentada pela posição da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) que terá considerado os investimentos previstos para a região serem “apenas um paliativo, sem resposta efetiva, concreta e eficiente para a região”.

Um grande exemplo da falta de palavra é a “ausência de qualquer proposta ferroviária para Trás-os-Montes, quando o governo se comprometeu a ligar, pelo menos, todas as capitais de distrito por este meio de transporte” que, dizem, é  ferramenta essencial a “um país unido e coeso”, com as vantagem de ser “ecológico na resposta verde para um futuro sustentável”. Este caso é demonstrativo de que,“mais uma vez, as regiões esquecidas do Nordeste, são o parente pobre deste Portugal desigual, onde a proximidade ao Litoral dita lugares mais altos no grau de cidadania dos seus habitantes”.

Dizem ainda não ser “novidade que o desinvestimento e a falta de meios nos condenam ao ostracismo, ao envelhecimento acelerado da população que resiste resiliente, à fuga descontente dos jovens em busca de oportunidades e de futuro”, nem que seja novidade que “a agricultura e o turismo ganharam a quase exclusividade da resposta económica na região, mas ambas carecem de meios e vias de transporte eficientes para o escoamento e transferência de produtos, assim como para o transporte de passageiros, turistas e não só”.

Executivo macedense com pouca ambição

No comunicado, os dirigentes do BE, dizem que o executivo de Macedo de Cavaleiros revela “pouca ambição”, quando propõem a participação popular para que seja “incluída a ligação rodoviária a Gudiña (Espanha), por Vinhais”, quando há uma vantagem geográfica com uma ligação ferroviária a esta região de Espanha, servida por TGV, que “ligaria o distrito e nos aproximaria de Espanha e, consequentemente, da Europa”.

“Sim, queremos e merecemos mais e melhores ligações rodoviárias, mas não podemos limitar-nos a pedir pouco, porque nos davam nada. Devemos e temos de exigir a resposta cabal que como cidadãos deste país e desta Europa merecemos, porque não somos menos cidadãos do que os portugueses doutros concelhos, distritos e regiões”, dizem.

O município “deixou passar esta oportunidade para marcar posição lado a lado com a população, na luta pelo interesse comunitário, preferindo contentar-se com migalhas para mitigar a nossa fome imensa, clamando do mal o menos”.

 

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