Na resposta ao Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda e após 6 meses desde a inauguração, a Ribeira de Travassos ainda apresenta sinais de poluição como a espuma que é visível no Poço da Relva, em Beijós.
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda dirigiu algumas questões ao Ministério do Ambiente e da Ação Climática, em setembro passado, sobre as descargas poluentes que afetam a Ribeira de Travassos, em Beijós, no concelho de Carregal do Sal.
A resposta dada pelo Governo, datada de 18 de outubro de 2021, refere que “a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), acompanhou todo o processo de reabilitação do sistema de drenagem e tratamento de águas residuais do Concelho de Nelas, incluindo a problemática dos efluentes provenientes da empresa Borgstena, o qual culminou com a construção da nova ETAR de Nelas III e sistema de drenagem associado”.
A tutela reconhece que a ETAR de Nelas III encontra-se ainda e “atualmente, em fase de estabilização de funcionamento”, seis meses depois da sua inauguração.
Na resposta pode ler-se que “até à entrada em funcionamento da nova ETAR de Nelas III, a ribeira de Travassos recebia as águas residuais da ETAR de Nelas II (agora desativada), cujo sistema de tratamento apresentava algumas deficiências de funcionamento. Como consequência, o leito da ribeira de Travassos poderá apresentar deposição ocorrida ao longo do tempo de alguma matéria orgânica, o que pontualmente, poderá provocar o aparecimento de espumas em zonas onde o leito apresenta desníveis, quedas de água e fundo rochoso, quando ocorrem fenómenos de grande pluviosidade (2 a 15 de setembro)”.
No entanto, o Núcleo Concelhio de Carregal do Sal do Bloco de Esquerda tem monitorizado o estado da ribeira de Travassos, mais propriamente junto ao Poço da Relva, em Beijós, e tem dado conta que a espuma é visível todos os dias, exista grande pluviosidade ou não.
