A Ministra da Coesão Territorial diz que, devido à pandemia, não existem condições financeiras para anular ou suspender portagens, adiantando que o governo nunca prometeu esse objetivo.
José Gameiro, da Associação Empresarial da Beira Baixa, e membro da Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, admitiu que as próximas lutas podem passar pelo corte da autoestrada caso as portagens não sejam abolidas até ao final do ano.
Respondendo a esta ameaça, e em declarações à Radio Cova da Beira, a ministra afasta essa possibilidade, “é precisamente o período da pandemia em que as nossas finanças públicas sobe grande pressão que nós temos grande dificuldade em suspender ou eliminar portagens”, e acrescenta que enquanto membro do governo “compete dizer a verdade” e neste momento “não temos condições financeiras” para esse fim.
“Não temos condições financeiras porque temos a taxa de desemprego a aumentar, temos empresas em layoff, temos o sistema de saúde sobe pressão, e, portanto, não temos condições para anular ou suspender portagens”, disse a ministra, afirmando que esta posição já é do conhecimento da Plataforma.
Segundo estas declarações, o que está em cima da mesa é a diminuição das portagens, adiantando que espera que este processo termine em breve pois “neste momento a resolução do conselho de ministros já está em circulação legislativa, o que significa que já há uma proposta, uma metodologia, o que significa que (…) tenhamos em breve uma resolução do concelho de ministro e uma portaria que implemente uma redução das portagens”, disse.
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