Em comunicado, o grupo informal de cidadãos da Sertã alerta para a asfixia que certas forças querem impor, subtraindo “conquistas coletivas, determinadoras dos regimes democráticos”, no ano em que se assinalam 50 anos do 25 de Abril.
O grupo pretende com esta concentração vincar a sua posição, “daquelas e daqueles que não pretenderão retroceder no que são os direitos e deveres – lenta e duramente – conquistados.”
“Entendemos que as lutas sociais deverão ser travadas de forma interseccional, colaborativa e transfronteiriça, e que cada nova conquista do campo progressista possa servir de adubo para as próximas, aqui ou em qualquer parte do mundo.”, lê-se no comunicado.
Lembram que “o papel emancipado da mulher, as conquistas laborais, a liberdade de pensamento (ao serviço da política, da ciência, da cultura, da educação, da imprensa) a forma como amamos e desenformámos o conceito de família, a universalização do acesso à saúde”, são algumas das conquistas da Revolução dos Cravos trouxe ao longo detas cinco décadas de democracia.
“A fractura colonial – ferida toscamente suturada, que muito beneficiaria se se fizesse um efetivo debate decolonial, difícil, porque desmistificador – foi por onde quebrou a perniciosa máquina imperialista, acelerando o golpe militar que deu aos povos dos territórios que ocupámos o direito à autodeterminação e independência.”
Também o povo da Palestina vive subjugado “por uma indústria colonial que lhe vem retirando território, direitos, humanidade e a própria existência.”
“Um conflito desigual que, nos últimos seis meses já matou mais de 40 mil pessoas, feriu o dobro, a grande maioria civis, mulheres e crianças, que morrem pelas bombas e pela fome.”, lembra o grupo de cidadãos.
A ação de protesto, marcada para dia 24 de abril, pelas 20h em frente à Casa da Cultura da Sertã, exige assim a total solidariedade para com o povo palestiniano, o fim imediato da opressão sionista e o fim da violência e à normalização do horror.