A Pandemia de Covid-19 e, entretanto, as férias escolares levaram à suspensão de carreiras que já eram deficitárias. No Fundão os autocarros são insuficientes e os horários desadequados.
Joaquim Benedito de 71 anos, mora nos Boxinos e, sempre que pode, desloca-se ao mercado do Fundão. Para o conseguir recorrendo a transportes públicos, tem que apanhar autocarro às segundas-feiras às 06H40: o único autocarro semanal que serve a localidade no período de verão. Um testemunho partilhado pelo Jornal do Fundão.
As carreiras do interior são muitas vezes pouco atrativas para as transportadoras e se a oferta já era deficitária, este ano agravou-se ainda mais com a Covid-19. Muitas aldeias e até concelhos do interior estão sem autocarros.
Municípios e Comunidades Intermunicipais (autoridade de transportes rodoviários de passageiros) parecem não ter resposta para resolver a crise de transportes no interior, um serviço público entregue quase sempre a empresas privadas que não têm interesse económico em muitos dos circuitos necessários para responder às necessidades das populações.
O cenário repete-se um pouco por o interior. O Interior do Avesso já noticiou casos na Covilhã e no Distrito de Viseu, onde até já foi realizada uma manifestação pela reposição dos transportes públicos na região Dão Lafões.