Aristides de Sousa Mendes nasceu a 19 de julho de 1885 em Cabanas de Viriato. Ao contrariar ordens expressas de Salazar, salvando milhares de vidas durante a Segunda Guerra Mundial, terminou a vida na miséria e sem o merecido reconhecimento em Portugal, onde as homenagens são póstumas.
“Aristides de Sousa Mendes: O Cônsul Injustiçado” é um documentário em duas partes sobre o cônsul de Portugal em Bordéus, onde em 1940 ajudou milhares de judeus a sair da França e a fugir ao holocausto nazi, contrariando as ordens de Oliveira Salazar e concedendo vistos para entrarem em Portugal.
Estudos recentes têm levantado o véu sobre as vidas que foram salvas e ficámos a saber que sem Aristides possivelmente o mundo teria sido privado, por exemplo, de Salvador Dali e de Robert Montgomery.
O documentário de 1993 da autoria de Diana Andringa, com produção e realização de Teresa Olga, recorre a imagens de arquivo, documentos e correspondência diplomática, recortes de artigos de jornais, declarações e depoimentos de refugiados e familiares.
É aprofundado o ato de consciência de Sousa Mendes, que permitiu que cerca de 30000 judeus vissem Lisboa como um ponto de partida para outros destinos e para um futuro. Mas é também feita uma reconstituição do questionável processo disciplinar que lhe foi instaurando, recorrendo inclusivamente a testemunhos de alguns filhos sobre as dificuldades económicas que a família viveu.
Ainda assim, John Paul Abranches, filho de Aristides de Sousa Mendes, afirma que o seu pai nunca esteve arrependido de ter passado vistos aos refugiados.
O documentário pode ser visto na íntegra no Arquivo RTP:
Parte 1
Parte 2
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