Cem dias com uma mão cheia de nada

Caríssimos Sertaginenses, passam 100 dias desde as eleições autárquicas e nada se tem  visto e até este momento não conseguimos descortinar algo de positivo feito.
Sertã com iluminações de natal
Sertã. Foto do Município da Sertã (Facebook).

Caríssimos Sertaginenses, passam 100 dias desde as eleições autárquicas e nada se tem  visto e até este momento não conseguimos descortinar algo de positivo feito.

É bom e bonito aparecer com fotos de épocas festivas a iluminar a vila da Sertã e de  Cernache do Bonjardim, mas isso já todos sabemos que é assim todos os anos. Nós  precisamos de atitude e nesse sentido não está a correr muito bem a esta governação. 

Posso enumerar vários factos: Primeiro erro foi não se ter resolvido o problema de uma  freguesia (Carvalhal), onde paira um clima de dúvida sobre o Executivo, mas as pessoas e o  Partido Socialista convivem bem com esse clima de dúvida. Se houvesse pessoas sensatas e  de carácter teria sido resolvido no próprio dia, mas entenderam que não. A Câmara  Municipal justifica esta passividade com que as juntas são autónomas (e são).  

O Bloco de Esquerda fez o que lhe competia, expor a situação às instituições competentes e inclusive a Comissão Nacional de Eleições deu a razão ao Bloco, no entanto, tivemos que  recorrer ao Tribunal Fiscal e Administrativo de Castelo Branco devido à inoperância da  Junta de Freguesia do Carvalhal e da Câmara Municipal, ambas lideradas pelo PS.  

O povo é soberano, o povo decidiu o que queria para a freguesia do Carvalhal, decidiu que  não existiam maiorias absolutas e que a solução para a freguesia deveria ser de diálogo e  cooperação, mas houve alguém que entendeu que tinha de ser de outra maneira. E vai  acabar por correr mal.  

Outra situação caricata é quando é dado o dia e a hora da reunião de delegados para a  composição das mesas de voto das eleições legislativas na própria Freguesia do Carvalhal,  para dia 2 de janeiro. Foram todos os partidos convocados (supostamente), mas o PSD  reclamou que não foi convocado (deixamos nota que o PSD continua calado face à ilegalidade do Executivo da Junta de Freguesia). No entanto, a Junta garante que sim que  foram, mas foi à mesma marcada uma nova reunião marcada para um dia de semana de  trabalho às 14:30h. A hora da reunião foi alterada após contacto do Bloco. 

Portanto, o PSD foi convocado, não lhe apeteceu ir a uma reunião a um domingo, reclamam  sem razão e a queixa é aceite, segundo a Junta, “para não querer problemas”, mas  continuam em manter-se no poder sob um clima de suspeição.  

Para agravar esta situação, o contacto fornecido pela Junta de Freguesia para tirar dúvidas  sobre a convocatória foi o da chefe do Gabinete do Presidente da Câmara Municipal.  Questionamos: Afinal, a Junta é autónoma como a Câmara diz ou só é autónoma nos  assuntos que lhes interessa? 

Outra: Um partido que ganha as eleições e pede logo a sensivelmente 3000 sertaginenses o  pagamento de faturas de água, algumas das quais com cerca de 10 anos, é de uma crueldade para quem votou no PS e na sua equipa.  

Estaremos sempre em alerta. O Bloco quer o melhor para todos nós. O Bloco quer o melhor  deste Concelho. 

Outros artigos deste autor >

Nuno Costa nasceu no dia 22 de abril de 1976, em Lisboa, e exerce funções de vigilante privado no concelho da Sertã, onde tem raízes e reside.. É o cabeça de lista do Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal da Sertã nas eleições autárquicas de 2021.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts
Ler Mais

Europa entrega refugiados a governos criminosos!

"Envergonha-nos a desumanidade, hipocrisia e duplicidade dos governos europeus no acolhimento de refugiados. O que torna cada vez mais pertinente a criação de um movimento universal para a abolição das fronteiras, à semelhança do internacionalismo abolicionista que do século XVIII ao século XIX levou à proibição da escravatura e do tráfico de escravos, sendo certo que ainda hoje as Nações Unidas desenvolvem esforços para monitorizar as formas contemporâneas da escravatura (como a exploração “escravocrata” do trabalho de imigrantes na agricultura, em Portugal)."
Skip to content