Onde anda o PS?

Ouvi umas declarações do nosso Primeiro-ministro sobre a crise política em Portugal, onde o mesmo menciona que a dita esquerda e direita são culpados dessa situação. Uma visão, que na minha modesta opinião está completamente errada. 
Assembleia da República | Foto de Hugo Cadavez | Flickr

Ouvi umas declarações do nosso Primeiro-ministro sobre a crise política em Portugal, onde o mesmo menciona que a dita esquerda e direita são culpados dessa situação. Uma visão, que na minha modesta opinião está completamente errada.

Vejamos: O governo PS, só é governo, com o acordo que fez com os partidos à esquerda, caso contrário não seria governo. Os Orçamentos do Estado apresentados até 2021 foram aprovados pela esquerda sim é um facto, mas também é um facto que houve concertações orçamentais em conjunto entre PS e PSD, deixando de fora os restantes partidos de esquerda, dando como exemplos o chumbo à lei laboral propostas pelo Bloco, a reposição do valor das horas extraordinárias, entre outros, para não falar de se ter também acabado com os embates quinzenais.

A geringonça sempre funcionou sim, mas entre PS e PSD. Os restantes partidos de esquerda unicamente só serviram para constituição de governo PS, e para a aprovação dos OE. 

Por outro lado, temos um Presidente da República, que sentiu um PSD incapaz de fazer oposição ao governo. E porquê? Porque ambos os líderes são coniventes com as decisões tomadas. 

Então o nosso Presidente da República, criou ele sim uma crise interna dentro do PSD, de modo a tentar colocar lá o seu amigo Rangel que vinha fresquinho da União Europeia, acompanhado por toda a equipa passista existente no PSD. 

Com esta atitude e com a inteligência de António Costa, sentindo a fragilidade da oposição e sabendo de antemão que a restante esquerda não iria aprovar o Orçamento do Estado sem que houvesse propostas dos mesmos incluídas, criou ele sim a restante crise política. Pois sabia que a proposta que apresentasse seria chumbada. 

Como sabia e sabe que a guerra interna do PSD se irá prolongar e com isso ganha tempo e margem de fazer a sua campanha a belo prazer, criticando tudo e todos fazendo se, de vítima e nem se preocupou nem se preocupa com toda uma nação.

Temos que apostar na alternativa. Temos de ser capazes de olharmos para quem realmente se preocupa, fala, dá opinião, lança propostas. Temos de deixar de apoiar, acreditar e elevar os partidos que tanto mal têm feito à nossa nação

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Nuno Costa nasceu no dia 22 de abril de 1976, em Lisboa, e exerce funções de vigilante privado no concelho da Sertã, onde tem raízes e reside.. É o cabeça de lista do Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal da Sertã nas eleições autárquicas de 2021.

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