Mas a verdade não é bem assim. O Bloco de Esquerda sempre se bateu por causas que estão diretamente ligadas com o bem-estar da população residente e dos ecossistemas. No Distrito de Castelo Branco isto é ainda mais visível.
É exemplo disto a luta continua pelo não encerramento de serviços públicos (postos da GNR, Bancos, Centros de Saúde, Creches) que consideramos essenciais à manutenção e atração de pessoas para os territórios do interior, luta que temos abraçado com empenho e com resultados visíveis.
É exemplo disto a luta já antiga do Bloco de Esquerda pela não exploração mineira da Serra da Argemela, naquele que tememos possa vir a ser um enorme atentado ambiental com implicações muito nefastas para a população residente – desengane-se quem pensa que “só” a população do Barco será afetada por este tipo de exploração – e para o ecossistema. Esta situação agrava-se com os recentes pedidos de prospeção que abarcam a quase totalidade da Cova da Beira, serras da Estrela e Gardunha incluídas.
É exemplo disso a luta pela resolução da situação de risco provocada por 89 anos de depósitos de lamas no Cabeço do Pião, onde estão acumulados detritos da exploração mineira da Panasqueira que representam um enorme risco para a população residente e para quem utiliza a água do Zêzere para beber – ou seja, tem implicações diretas até Lisboa. Neste caso o Bloco de Esquerda já solicitou audições de várias entidades na Assembleia da República, com a finalidade de encontrar uma solução para este problema.
É exemplo disto a já antiga luta do Bloco pela remoção de coberturas com fibrocimento (amianto, potencialmente cancerígeno) na Escola Pêro da Covilhã que culminou já este ano com a apresentação do Projeto de Resolução 2079/XIII na Assembleia da República.
É exemplo disso a luta constante pela abolição das Portagens na A23 tendo o Bloco só na última legislatura apresentado três Projetos de Resolução na Assembleia da República, todos eles chumbados pela coligação PS, PSD e CDS, numa dança de votos contra e abstenções que teima em não deixar que a abolição das portagens seja uma realidade.
É exemplo da presença e importância do Bloco no Distrito as constantes adesões a movimentos sociais que lutam pela igualdade, quer seja nas lutas feministas através da participação da Rede 8 de Março que promoveu a Greve Feminista, quer no árduo trabalho de desconstrução de estereótipos que tentamos fazer quando lançamos sessões de cinema LGBT e debates abertos à população.
É exemplo da preocupação com o rumo da democracia quando o Bloco realiza pela primeira vez no Interior uma extensão do Desobedoc com projeção de filmes e documentários que não irão estar no circuito comercial e com a promoção de debates sobre temáticas tão emergentes como a extrema-direita ou a crise dos migrantes do mediterrâneo.
É portanto fácil de depreender que o Bloco de Esquerda está bem presente no Distrito de Castelo Branco e que intervém diretamente junto das entidades competentes para resolver problemas reais e quotidianos das pessoa.
Reconhecendo a importância que o Bloco de Esquerda tem para o Interior e para o Distrito, sabendo nós o que nos move e o que nos faz lutar de braço dado com as pessoas pela melhoria das suas condições de vida, relembramos que a reconquista de direitos (à qual o Bloco de Esquerda está indiscutivelmente associado), só poderá continuar a ser possível se existir um equilíbrio de forças à Esquerda e quanto maior for a força dada ao Bloco através do voto de cada um de nós, maior será a força que o Bloco terá para lutar pelo que é justo, para lutar por um Serviço Nacional de Saúde verdadeiramente universal e gratuito, para parar a injeção de milhões de euros nos bancos quando esse mesmo dinheiro faz falta em tantas outras áreas, para que seja feito um verdadeiro investimento na educação e nas condições das escolas dos nossos filhos e filhas, para que não se encerrem postos da GNR, para que não sejamos duplamente penalizados por viver no interior e ainda ter que pagar portagens, para termos uma ferrovia digna e que permita à população deixar o seu carro em casa e deslocar-se de comboio, poupando dinheiro e contribuindo para um planeta mais são, para que tenhamos um ordenamento florestal coerente e que contribua para evitar catástrofes.
Assistente Social, feminista, ativista de várias causas e acima de tudo comprometido com a defesa dos direitos de cada pessoa. Nascido em Coimbra, com raízes na Beira Interior (Covilhã), sempre desempenhou a sua atividade profissional na área das dependências. Reside permanentemente na Covilhã desde 2011.
Ligado a diversos movimentos sociais, culturais e artísticos, primeiramente em Coimbra onde integrou a Plataforma Contra a Guerra. Na Cova da Beira destaca-se a sua participação no Núcleo da Cova da Beira da Rede 8 M e a presidência de uma Associação de Desenvolvimento Local.
É aderente do Bloco de Esquerda, faz parte do Núcleo Concelhio da Covilhã do BE e é um dos porta vez da Comissão Coordenadora Distrital de Castelo Branco do BE.