Que tristeza de morte! Que vazio de angústia! Como se vai aliviar a soalheira que ali se suporta em verões caniculares?
Num mundo cada vez mais ameaçado pela seca, pela falta de água, em que urge plantar árvores e proteger o ambiente e a biodiversidade, as espécies vegetais e animais, a Humanidade continua a dar tiros nos pés, a afundar-se na aridez da destruição do verde para prosseguir a escalada do cimento!
A insensibilidade é levada ao cúmulo deste autêntico crime ambiental ser cometido em plena Primavera, quando as árvores estavam cheias de ninhos de passarinhos! Alguém me dizia que lá havia ninhos de pintassilgos, essas lindas avezinhas que já rareiam! Quando não houver pássaros, talvez os responsáveis metam a mão na consciência!
Como aquelas pessoas que só quando não tiverem água no copo para beber se apercebam de que devem poupar água! E as árvores também fazem falta para que caia chuva, sob pena de nos extinguirmos como os habitantes da ilha de Páscoa!
Um crime ambiental idêntico foi cometido no concelho de Tondela, no Campo de Besteiros, na Avenida Dr. João Almiro. Afinal, o que distingue as políticas socialistas das sociais-democratas?…
É lamentável a estultícia e a ignorância de quem tem poder para destruir o nosso habitat!
Ana Margarida Borges da Silva León nasceu em Lisboa, mas com ascendência beirã. Estudou
Direito em Coimbra e exerce funções como conservadora do registo civil. Desde cedo, esteve
ligada a associações ambientalistas e de defesa dos direitos dos animais. Melómana, estudou
piano e, neste momento, pertence ao Coro Magnus D’Om em Santa Comba Dão. Publicou uma
obra de literatura infantil e participou em duas antologias de contos de Natal. Neste
momento, está a realizar uma licenciatura em História, na Faculdade de Letras da Universidade
de Coimbra.