No dia em que escrevo estas linhas (21 de Outubro) já muito li e ouvi sobre o Orçamento de Estado de 2021 e, como por várias vezes por aqui referi, convém nunca esquecer ser este o documento legal que, depois de (e desde que…) aprovado na Assembleia da Republica pelos nossos representantes, irá definir, em grande medida, o que será o nosso futuro próximo sob o ponto de vista económico, social e político.
Em suma, todos os portugueses estão neste momento, através dos seus eleitos e nos termos das normas democráticas, a discutir (ou a negociar) quais os melhores “caminhos a percorrer” para permitir que todos (e não apenas alguns…!!!) possam ultrapassar os tempos bem difíceis que se aproximam.
Curiosamente (ou talvez não…, claro!), fui notando que este mês trouxe uma inversão de sentido nas habituais e acérrimas críticas de alguns comentadores das posições do BE no que se refere às, acima mencionadas, matérias em debate na AR.
Se, até há pouco tempo atrás, aqueles mesmos comentadores apontavam o Bloco como sendo um partido demasiado inflexível nas suas propostas, agora a “conversa” mudou e todos constatamos que, de forma muito bem “consertada” (se bem que nada fundamentada) passaram a “lamentar” a sistemática mudança de posições (!?!?!?) do mesmo Bloco de Esquerda!!!…, no que se refere às medidas que o OE deverá contemplar.
Não me parece que alguém possa ter dúvidas sobre as propostas políticas, sociais ou económicas do BE e as medidas que sempre defendeu naquelas matérias, pois foram aberta e profusamente apresentadas ao longo dos anos.
Por esse motivo, acredito que os cidadãos podem facilmente perceber o que pretendem os costumeiros comentadores com a, acima referida, radical mudança de discurso…!!!
Com as negociações ainda em curso, ainda não se sabe hoje, qual vai ser o sentido de voto do Bloco de Esquerda no OE para 2021, mas sabemos desde o inicio que este partido apenas está disponível para aprovar políticas que coloquem as pessoas em primeiro lugar.
Este texto está escrito de acordo com a anterior ortografia, espero eu…
José Carlos Costa de Vasconcelos de 61 anos, licenciado em Direito é funcionário público e reside no concelho de Cinfães do qual é natural. É sócio/fundador da Associação de Cultura e Desporto de Cinfães e vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Cinfães. Aderiu ao Bloco de Esquerda em 2004, sem qualquer filiação partidária anterior mas com participação politica activa entre 1974 e 1979 e nas Eleições Presidenciais de 1986.