Todos os seres humanos defensores da liberdade e da democracia na vida das suas comunidades assistem, com preocupação, a um início do séc. XXI em que a mancha da barbárie parece crescer um pouco por todo o planeta.
Na Europa em que nos inserimos, são bem visíveis forças políticas que apregoam mais ou menos abertamente, “soluções” racistas, xenófobas (no fundo, criminosas…) para os diversos problemas que resultam das dinâmicas que, em grande parte, a vivência em sociedade determina. É também evidente que o “discurso” e as “soluções” apresentadas são já antigas, e com os terríveis resultados bem conhecidos. Porém, contam com a memória curta de alguns, a aprovação subterrânea de outros e (não podemos minimizar…) com um novo, fértil (!?) e (estranhamente…) acrítico campo de divulgação – as famosas redes sociais.
Em Portugal e para mera obtenção de “benefícios” circunstanciais, também uma parte da direita considerou que estender a mão ao “lado pérfido da política” era um caminho.
A história tem mostrado o resultado dessa opção… e, felizmente, em alguns paises europeus as forças de direita mais atentas tem recusado aquele tipo de “aliança”!!! Como também em Portugal, diversos cidadãos de idêntica área de pensamento político, mostraram publicamente o seu desagrado.
Mas, se o passo dado não fosse, só por si, altamente criticável, ainda mais o foram as desculpas e mentiras esfarrapadas apresentadas pelos habituais “comentadores de serviço”, bem como por conhecidos políticos nacionais, para justificar o acordo celebrado nos Açores.
Tentar comparar a defesa de guetos para confinamento de etnias específicas com a defesa de políticas em que o estado possa promover a inclusão social é… obsceno!!!
Conseguir (sendo sobejamente conhecidas as posições do partido nesta matéria) afirmar publicamente que o BE defende ou promove de alguma maneira regimes políticos como os da Coreia do Norte, ou da Venezuela, é… pura aldrabice!!!
Espero apenas que, cada vez menos, haja portugueses desatentos…
Este texto está escrito de acordo com a anterior ortografia, espero eu…
José Carlos Costa de Vasconcelos de 61 anos, licenciado em Direito é funcionário público e reside no concelho de Cinfães do qual é natural. É sócio/fundador da Associação de Cultura e Desporto de Cinfães e vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Cinfães. Aderiu ao Bloco de Esquerda em 2004, sem qualquer filiação partidária anterior mas com participação politica activa entre 1974 e 1979 e nas Eleições Presidenciais de 1986.