Sim estou aqui.
Porque alguém não ardeu.
E apesar da minha mão sinistra
E ideias e sonhos de além
Estou aqui.
Clamo e canto e bato no peito
Neste dia de noite ténebra.
E danço sem estilo e em liberdade
Entre as teias liminares do real
E os farrapos velados da memória.
Estou aqui, mulher, e esta história é minha
E cresce no silêncio do que não é dito.
E espalha-se no cheiro do fumo vil.
E é de muitas como eu
Que vivem no feitiço do implausível.
Sim estou aqui
E estamos em todo o lado.