A chuva apagou o giz branco da lousa preta
Uma letra maiúscula inundou a minha alma de branco
Escorregou dentro de mim sem hesitação.
Pego na mão e escrevo no banco dum parque a luz apagada do pau de giz
O ser dum petiz no pleno do luminoso.
A presença branca invade o íntimo sem sinais de ser perigoso
Nesse laivo ínfimo de alvinitência desisto da vidinha mesquinha
Parto num barquinho à vela para os mares do sul.
Velejo acompanhado por ninfas e sereias com seus amores à tona do azul do mar
Mergulho da proa do casco na solução aquosa daquela amorosa visão de criaturas fantásticas.
Nado ao lado delas sem querelas entre as velas da embarcação
Abro o coração alvinitente para o infinito azul
E bebo um pirolito de água salgada para a alma ficar desassossegada
E desamargurada no mar da Arada.