Ó, minha mãe indígena, o que eu fiz?

Paraty
Paraty

O Brasil não sabe o que é o indígena
Como se parece,
Como fala,
Onde vive,
Vive nas matas? Que matas?
Que indígena?
O brasil se nega a cada respiração
Glorifica seu pai e esquece-se da mãe
E o americano autóctone vive seus dias
Vendo o brasileiro branco decidir a nação
Expostos nas vitrines de Paraty
Como uma triste memória
De um país que nasceu de um estupro
E engatinhou para longe de sua mãe

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Ana Haeitmann tem 22 anos e é mestranda em literatura na Universidade Nova de Lisboa. Natural de São Paulo, Brasil, vive em Portugal há quatro anos. Escreve poemas, narrativas e artigos jornalísticos.

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O renascer da arte a brotar do Interior e a florescer sem limites ou fronteiras. Contos, histórias, narrativa e muita poesia.

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