A marca dos seus dedos

“Se um dia voltar/ Volte como quem não quer nada/ Puxe uma cadeira/ Me sirva um vinho tinto”
vinho tinto
Photo by Saman Taheri on Unsplash

Se um dia voltar
Volte como quem não quer nada
Puxe uma cadeira
Me sirva um vinho tinto
Sorria como quem nunca saiu
E me ame
Como quem nunca conheceu
Outra mulher
Porque saudades te sente
Todo dia
E meu corpo não esquece
A marca dos seus dedos

Outros puxaram cadeira
Outras me serviram vinho tinto
O vento levou o verão
E a chuva lavou minhas mágoas
E trouxe as de outro alguém
Por que as folhas e os amores
São leves
E mudam de acordo com a estação
E porque você me deixou só
Mas não pude seguir em frente
Pois ainda sinto suas mãos e o seu calor

Embrulhados na dor de pensar em ti
E de ver que seguiu em frente
E de saber que te amei sozinha

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Ana Haeitmann tem 22 anos e é mestranda em literatura na Universidade Nova de Lisboa. Natural de São Paulo, Brasil, vive em Portugal há quatro anos. Escreve poemas, narrativas e artigos jornalísticos.

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O renascer da arte a brotar do Interior e a florescer sem limites ou fronteiras. Contos, histórias, narrativa e muita poesia.

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